Suspeito do primeiro feminicídio registrado no ano no Maranhão já está preso
O crime foi registrado no dia 4 de janeiro em São José de Ribamar, mas o suspeito foi localizado em Prisão em Paulino Neves.
PAULINO NEVES - Foi preso, nessa quinta-feira (9), Albertine Santos Galvão, suspeito de matar a companheira, Francinete de Sousa da Silva, de 31 anos. Contra ele foi expedido um mandado de prisão temporária e cumprido pelo Batalhão de Turismo da cidade de Paulino Neves.
O investigado foi apresentado na Delegacia de Barreirinhas, onde foi interrogado. O feminicídio, primeiro do ano registrado no Maranhão, aconteceu no último dia 4 de janeiro, por volta das 20h, no interior da casa da vítima, no bairro São Raimundo, no município de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís.
O corpo da vítima só foi encontrado pela família no dia 6, quando foram iniciadas as investigações pelo Departamento de Feminicídio do Maranhão.
Em entrevista à TV Mirante, a delegada Wanda Moura, chefe do Departamento de Feminicídio do Maranhão, afirmou que a vítima vivia um relacionamento abusivo.
“Segundo a família, era um relacionamento abusivo. Ele inclusive tinha bloqueado toda a família dela nas redes sociais, como WhatsApp e Facebook. Isso é muito típico em relacionamentos abusivos: o homem agressor tenta isolar a vítima de seus contatos familiares e amigos para que ela não tenha uma rede de apoio nos casos de violência sofrida e não consiga denunciar. Quanto mais isolada a mulher, mais vulnerável ela se torna e mais fácil fica para o agressor", explicou a delegada.
Após o crime, o suspeito fugiu da residência levando o dinheiro do seguro-desemprego da vítima e seu celular.
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Segundo informações policiais, Francinete não havia feito nenhum registro contra o agressor na delegacia e não havia solicitado medida protetiva.
Para a delegada Wanda Moura, é crucial reforçar os cuidados e as orientações sobre a violência contra a mulher. “Não há segurança para a mulher que vive em um relacionamento abusivo. Ela deve procurar o quanto antes a delegacia mais próxima para denunciar as violências sofridas e solicitar medida protetiva de urgência. A partir da intervenção estatal, essa violência pode ser interrompida e conseguimos evitar novos feminicídios”, concluiu a delegada Wanda Moura.
Indígena vítima de feminicídio no MA
Uma mulher indígena, identificada como Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca, na tarde de terça-feira (7), dentro da casa onde ela morava, na aldeia Castanhal, na cidade de Jenipapo dos Vieiras, no interior do Maranhão.
De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o suspeito de praticar o feminicídio é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, de 39 anos, que era companheiro da vítima e fugiu após o crime.
Sobre este caso, a delegada Wanda Moura informou que o casal vivia um relacionamento marcado por agressões físicas e ameaças de morte.
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