Em Paço do Lumiar

Bebê de cinco meses morre ao ser esganado pelo próprio pai; homem confessou o crime à polícia e está preso

A criança, identificada como Lucas Barbosa, completaria seis meses de vida no próximo dia 26 de maio.

Imirante.com

Atualizada em 22/05/2024 às 16h56
O pai da vítima confessou as agressões durante um interrogatório feito na sede da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP). (Foto: Divulgação / Polícia Civil do Maranhão)

PAÇO DO LUMIAR – Um bebê de cinco meses de idade morreu, na madrugada desta quarta-feira (22), com sinais de violência física e esganadura no bairro do Paranã I, na cidade de Paço do Lumiar. O pai da criança, identificado como Mirielton Silva Ferreira, de 32 anos, foi preso após confessar que cometeu o ato de violência contra o próprio filho. A criança, identificada como Lucas Barbosa, completaria seis meses de vida no próximo dia 26 de maio.

Mirielton foi preso na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, local onde ele e a mãe da criança chegaram com o bebê já morto. Segundo as informações do chefe de Departamento de Homicídios de São Luís, delegado Clarismar Campos, o pai da vítima confessou as agressões durante um interrogatório feito na sede da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

Segundo o relato feito à polícia, o homem violentou o bebê, chegando a esganá-lo, e quando percebeu que a criança havia desfalecido o pai decidiu levá-lo na UPA, em uma tentativa de reaver o que ele havia feito. Porém, a equipe policial, que conversou com o corpo profissional da UPA, afirmou que a criança já chegou morta na unidade de atendimento.

Mirielton Silva Ferreira foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado e será encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ainda de acordo com as informações policiais, a investigação também trabalha com a hipótese do bebê também ter sido vítima de violência sexual por parte do autor do crime, entretanto, é necessário aguardar a conclusão do laudo médico.

“Nós precisamos do laudo do médico, do laudo do exame cadavérico para que se ateste todas as lesões, a extensão e a gravidade do crime, para que a gente possa entender de verdade a extensão dessas lesões, as gravidades e quais as finalidades dela em relação ao autor. Se ele tinha a intenção de matar essa criança ou se ele tinha além disso uma intenção do abuso sexual em si”, explica o delegado Clarismar Campos.

Histórico de violência doméstica

Segundo a investigação policial, a mãe do bebê, uma mulher de 27 anos, já havia sofrido ameaças e violências domésticas por parte de Mirielton Silva, inclusive enquanto estava grávida do bebê que morreu nesta madrugada. Contudo, ela não quis detalhar as agressões à polícia.

O bebê era o terceiro filho do casal e, atualmente, a mãe está grávida do quarto filho. Contudo, durante a gravidez do bebê que foi morto, o casal se separou e a mãe chegou a se envolver com uma outra pessoa. Por conta disso, havia a desconfiança por parte de Mirielton de que Lucas não fosse filho biológico dele.

Na época do nascimento da criança, ele chegou a convencer a mãe a abandonar a criança no hospital, e a mãe consentiu com a decisão. Entretanto, a Vara da Infância conseguiu localizar a mãe da criança e, além disso, foi realizado um teste de DNA que comprovou a paternidade de Mirielton.

A polícia também investiga se a mãe teria tentado encobrir o crime cometido contra o próprio filho.

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