Após momentos de tensão em viagem oficial a Israel, maranhense deixa o país e aguarda voo de volta ao Brasil
Grupo de 28 pessoas, incluindo a maranhense Verônica Pires, está hospedado em Amã e aguarda voos de retorno ao Brasil.
AMÃ (JORDÂNIA) - Após momentos de tensão vividos durante uma viagem oficial a Israel, um grupo de 28 brasileiros convidados pela Embaixada de Israel no Brasil deixou o território israelense nessa quarta-feira (18) e seguiu para a Jordânia. O traslado foi realizado em um ônibus fretado pela própria embaixada. Entre eles, está a maranhense Verônica Pires, secretária de Inovação e Projetos Especiais de São Luís.
Os integrantes da comitiva estão hospedados no Arena Space Hotel, na capital jordaniana, Amã. A estadia foi organizada e custeada pela Embaixada de Israel no Brasil, que também se responsabilizou pela organização do retorno ao Brasil.
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Segundo informações repassadas pela maranhense ao Imirante.com, os voos de volta estão sendo programados de acordo com o destino final de cada passageiro, com embarques realizados de forma individual conforme a logística estabelecida em parceria com as autoridades locais.
“Meu embarque está previsto para o próximo sábado, 21 de junho, com o seguinte trajeto: Amã – Doha, Doha – São Paulo e, por fim, São Paulo – São Luís”, relatou Verônica.
Ela também expressou gratidão pelas mensagens de solidariedade e preocupação recebidas durante o período. “Agradeço as manifestações de apoio, mensagens e orações recebidas durante este período", pontuou.
A saída do grupo ocorre dias após o aumento das tensões na região, que levou a embaixada a tomar medidas para garantir a segurança dos convidados brasileiros. O grupo estava em Israel em viagem oficial promovida pelo governo israelense como parte de uma agenda diplomática e cultural.
Conflito entre Israel e Irã na última semana
Israel e Irã trocaram ataques entre quinta (12) e sexta-feira (13), em uma escalada de tensão que foi motivada pelo fortalecimento do arsenal nuclear iraniano.
Os eventos das últimas 24 horas tiveram ponto de partida em abril de 2024, quando Israel bombardeou a embaixada do Irã na Síria. Depois disso, o exército israelense executou o líder do Hezbollah, provocando uma resposta do regime iraniano que, em outubro do ano passado, lançou mais de 200 mísseis sobre o território de Israel.
Na noite de quinta-feira (12), a Força Aérea Israelense realizou um ataque aéreo em direção ao Irã, matando o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, e dois cientistas nucleares.
O Irã retaliou lançando mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, e Israel afirma que civis estão sendo alvejados. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel iniciou uma guerra e que receberá um "destino amargo".
Conflito segue nesta semana
Nesta quarta-feira (18), os conflitos na região chegaram ao sexto dia, deixando um saldo de, ao menos, 248 mortos nos dois países, segundo dados divulgados por autoridades locais. Na terça-feira (17), os confrontos se intensificaram com novos ataques lançados por ambos os lados. O exército israelense informou que mísseis iranianos foram disparados contra Israel, e explosões chegaram a ser ouvidas sobre Tel Aviv.
De acordo com a agência Reuters, as Forças Armadas de Israel instruíram moradores de áreas próximas a Teerã a evacuarem, permitindo que a força aérea atacasse supostas instalações militares iranianas. Fontes da imprensa local relataram explosões em Teerã e na cidade de Karaj, localizada a oeste da capital iraniana.
A comunidade internacional acompanha o avanço da crise com preocupação. Após deixar antecipadamente uma reunião do G7, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu uma “rendição incondicional” do Irã, elevando ainda mais a tensão geopolítica na região. A expectativa é de que o governo norte-americano anuncie medidas nos próximos dias.
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