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OMS alerta para a maior crise de financiamento da saúde já registrada

Em resposta a essa crise, a OMS lançou uma rodada de investimentos durante a Cúpula dos Líderes do G20, no Rio de Janeiro, arrecadando US$ 1,7 bilhão em promessas de doações de 70 países, incluindo contribuições inéditas de nações de renda média.

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O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, enfatizou que tais interrupções ameaçam não apenas as populações diretamente afetadas, mas também a segurança sanitária global, ao aumentar o risco de disseminação de surtos internacionais . (Foto: Denis Balibouse)

BRASIL - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a maior interrupção no financiamento da saúde global já registrada, destacando que cortes abruptos em programas essenciais, como os de combate ao HIV, podem resultar em milhões de novos casos e mortes relacionadas à doença. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, enfatizou que tais interrupções ameaçam não apenas as populações diretamente afetadas, mas também a segurança sanitária global, ao aumentar o risco de disseminação de surtos internacionais . 

Em resposta a essa crise, a OMS lançou uma rodada de investimentos durante a Cúpula dos Líderes do G20, no Rio de Janeiro, arrecadando US$ 1,7 bilhão em promessas de doações de 70 países, incluindo contribuições inéditas de nações de renda média. Esses recursos visam proporcionar maior previsibilidade e flexibilidade ao financiamento das ações de saúde global, permitindo a implementação de estratégias para manter o mundo seguro e salvar vidas . 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de fortalecer a OMS para garantir investimentos em pesquisas e tratamentos, evitando mortes precoces por falta de acesso a cuidados adequados. Ele criticou a disparidade entre os investimentos em saúde e os gastos militares globais, ressaltando a necessidade de priorizar a vida e o bem-estar das populações .

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade do sistema multilateral de saúde, enfatizando a importância de fortalecer organismos como a OMS para promover equidade e acesso à saúde em escala global. Ela também destacou iniciativas como a Coalizão para Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo, que busca ampliar o acesso a vacinas, tratamentos e diagnósticos, especialmente para doenças negligenciadas e populações vulneráveis . 

A OMS continua a solicitar apoio financeiro adicional, estimando a necessidade de US$ 1,5 bilhão para atender às demandas de saúde de milhões de pessoas afetadas por crises humanitárias em todo o mundo, incluindo regiões como os territórios palestinos ocupados, Ucrânia, Haiti e Sudão .

O cenário atual ressalta a urgência de reforçar os sistemas de saúde globais, garantindo financiamento adequado e sustentável para enfrentar desafios sanitários presentes e futuros, e assegurar o acesso universal a serviços de saúde essenciais. 

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