UCRÂNIA - O ataque que provocou a ruptura da barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka, situada no sul da Ucrânia, deixou três pessoas mortas e sete desaparecidas. Foi o que informou o governo ucraniano nesta quinta-feira (8). Já a Rússia aponta que cinco pessoas morreram na região.
A região é controlada atualmente pela Rússia. A União Europeia (UE) já afirma que a explosão pode constituir um crime de guerra.
As agências de notícias russas informam ainda que 14.000 casas foram inundadas após a destruição da usina e que 4.300 pessoas foram retiradas da região. O governo ucraniano, porém, diz que os números de imóveis alagados e resgatados é maior.
Leia também: Ataques com drones atingem prédios residenciais em Moscou
Zelensky na região
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que visitou a região inundada de Kherson, no sul, e discutiu a situação após a destruição da barragem de Kakhovka.
"Muitos assuntos importantes foram discutidos. A situação operacional na região em decorrência do desastre, evacuação da população das zonas de possível inundação, eliminação da emergência causada pela explosão da barragem, organização do suporte de vida para as áreas alagadas e restauração do ecossistema na região", publicou Zelensky no Telegram.
Continua após a publicidade..
O governador de Kherson disse na quinta-feira que 600 km² da região estavam debaixo d'água - a maior parte no lado do rio ocupado pelos russos - e que quase 2.000 pessoas já haviam deixado as áreas afetadas.
‘Selvageria’
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, culpou a Ucrânia e classificou a destruição da barragem de Kakhovka de “selvageria cometida por Kiev".
Tanto Rússia, quanto Ucrânia, trocam acusações sobre a responsabilidade pelo incidente, que deixa impactos ambientais e humanitários ainda desconhecidos e cuja causa também permanece uma incógnita — especialistas, contudo, apontam uma explosão interna como motivo provável.
"A selvageria destinada a destruir a central hidrelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, gerou um desastre ambiental e humanitário de grande escala", disse Putin, segundo um comunicado emitido pelo Kremlin, durante uma conversa por telefone com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O presidente russo teria afirmando ainda que "os poderes em Kiev, com o auxílio de seus curadores ocidentais, estão fazendo uma aposta perigosa na escalada das hostilidades".
Saiba Mais
- Girão pede que Senado ouça Zelensky: 'governo ignora a Ucrânia'
- Zelensky diz que Ucrânia vai 'destruir' exército russo
- Rússia lança novo ataque contra Ucrânia e deixa 12 mortos
- Presidente da Ucrânia diz que declarações de Lula não trazem 'paz alguma'
- Papa pede que russos retomem acordo de grãos do Mar Negro
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias