Estados Unidos

Obama enaltece papel da imprensa na democracia em sua última coletiva

O presidente disse que vai dedicar mais tempo à sua família após deixar o governo.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
(UN Photo/Loey Felipe)

WASHINGTON - A apenas dois dias de deixar o cargo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu hoje (18) sua última entrevista coletiva à imprensa, quando frisou que o trabalho dos jornalistas que cobrem os acontecimentos da Casa Branca constitui uma faceta essencial da democracia. "Vocês não devem ser aduladores, vocês devem ser céticos", disse.

Na oportunidade, Obama falou sobre última medida adotada pelo seu seu governo, e que vem provocando um grande debate dentro e fora do Congresso americano: a comutação da pena da analista de informações Chelsea Manning.

Ela era militar do exército e cumpria pena de 35 anos de prisão desde 2013 por ter vazado para o site Weakleaks informações sobre a segurança nacional dos Estados Unidos. Com a comutação, Chelsea vai ser solta em 17 de maio. Os que criticaram a medida, alegam que a decisão de Obama vai estimular que outras pessoas também vazem informações relevantes dos EUA.
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"Eu me sinto muito confortável porque a justiça foi feita", disse Obama ao justificar a medida. Segundo ele, Manning "cumpriu uma dura sentença de prisão". A defesa da analista divulgou um comunicado em que relata que ela passou por sofrimentos como "longos trechos de confinamento solitário e tentativas de suicídio".

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Tempo para escrever

Sobre os seus planos para o futuro, Obama disse que quer ficado parado um tempo, para se dedicar a escrever e “para passar um tempo precioso com minhas meninas, essas são minhas prioridades este ano", falou.

Ele aproveitou a oportunidade para alertar os jornalistas sobre possíveis mudanças políticas durante o governo Trump. Sem mencionar detalhes, ele disse que se referia a certos momentos em que os valores fundamentais da política "podem estar em jogo". Obama disse ainda que vem mantendo contato com a família Bush para acompanhar o estado de saúde do ex-presidente George W. Bush e sua esposa Barbara Bush, que estão hospitalizados e não devem comparecer à posse do presidente eleito Donald Trump na próxima sexta-feira (20).
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"Eles [Bush e Barbara] não só dedicaram suas vidas a este país, mas têm sido uma fonte constante de amizade e apoio e bons conselhos para Michelle e para mim ao longo dos anos. Por isso queremos enviar nossas orações e nosso amor para eles", disse Obama.

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