TEL-AVIV - O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse nesta quinta-feira que seu país não pode aceitar um Irã com armas nucleares, mas evitou fazer ameaça de uma intervenção militar contra a república islâmica.
- Israel, e não apenas Israel, não pode aceitar uma situação em que o Irã tenha armas nucleares - disse Sharon a repórteres.
- Nós estamos fazendo os preparativos necessários para estar prontos para esse tipo de situação.
Sharon reafirmou o apoio de Israel aos esforços diplomáticos liderados pelos EUA e pela União Européia para frear o programa de enriquecimento de urânio no Irã, um país que pediu a destruição do Estado judeu.
O Irã, quarto maior produtor de petróleo do mundo, afirma que seu programa nuclear tem como única finalidade a produao de energia.
Na semana passada, o conselho diretor da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) decidiu não pedir ao Conselho de Segurança que impusesse sanções ao Irã, dando tempo à Europa para convencer o país islâmico a abandonar as atividades de enriquecimento de urânio.
Perguntado sobre a opção de intervenção militar contra o Irã caso a diplomacia falhe, Sharon disse: "Eu tenho certeza que antes de alguém decidir sobre isso, todos os esforços serão feitos para que o Irã abandone essa atividade. Parece-me que os esforços que estão sendo feitos agora podem render frutos."
Tido como a única potência nuclear do Oriente Médio, Israel enviou aviões de guerra para bombardear um reator atômico do Iraque na cidade de Osiraq, em 1981.
Especialistas independentes acreditam que Israel, talvez com o apoio dos EUA, poderia promover um ataque semelhante ao Irã, apesar de os recursos nucleares recentes serem numerosos, dispersos e mais bem defendidos.
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