Colonos de Gaza protestam no Dia da Independência de Israel

Reuters

Atualizada em 27/03/2022 às 14h45

GUSH KATIF, Faixa de Gaza - Milhares de israelenses ultranacionalistas invadiram os assentamentos judaicos da Faixa de Gaza nesta quinta-feira para marcar o Dia da Independência de Israel com um protesto contra a desocupação da Faixa de Gaza, prevista para agosto.

Os colonos de Gaza prometeram não deixar suas casas, na estreita faixa costeira arenosa ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e, numa demonstração de desafio, inauguraram uma nova sinagoga no assentamento de Kfar Darom.

- Estamos seguindo com nossas vidas - disse o colono Haim Bloch. - Acreditamos que ficaremos aqui para sempre, e esperamos que as pessoas que têm essas idéias estranhas e complicadas caiam em si e compreendam que Gush Katif é nosso lar para sempre - acrescentou.

Vestidos de azul e branco, as cores da bandeira israelense, os colonos fizeram piqueniques nas áreas onde 8.500 judeus vivem, isolados do 1,3 milhão de palestinos que habitam a Faixa de Gaza. Alguns também estavam de laranja, a cor símbolo dos protestos contra o plano de desocupação idealizado pelo premier Ariel Sharon.

A polícia estimou que 35 mil pessoas tenham participado do protesto, embora os colonos tenham falado em 80 mil. Cerca de 1.500 colonos fizeram uma passeata na Cisjordânia, onde quatro dos 120 assentamentos serão desocupados.

A manifestação de Gaza pareceu menor que uma semelhante realizada no mês passado, que reuniu 40 mil pessoas. A maioria dos israelenses é favorável ao plano de Sharon, que pretende "desengajar" Israel do conflito com os palestinos.

Os EUA encaram o plano como uma possibilidade de retomar o processo de paz no Oriente Médio.

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