Suprema Corte invalida eleição da Ucrânia

Agências Internacionais

Atualizada em 27/03/2022 às 14h55

KIEV - A Suprema Corte declarou inválido o segundo turno da contestada eleição presidencial da Ucrânia. Após cinco dias de deliberações, os juízes disseram nesta sexta-feira que uma nova votação deve ser realizada no país no dia 26 de dezembro.

O tribunal vinha examinando denúncias de fraude na votação de 21 de novembro, que mergulharam a Ucrânia numa grave crise política, com ameaças de separatismo.

A corte não deixou inteiramente claro se o país deve ter uma repetição do segundo turno, como deseja a oposição, ou uma eleição inteiramente nova, como o governo prefere. Mas deu a entender que o mais próvável seja um novo segundo turno, com os mesmos candidatos, daqui a três semanas. Ao ler a decisão, o presidente da Suprema Corte, Anatoly Yarema, disse que era necessária uma "repetição da votação".

Os juízes acataram argumentos do candidato de oposição, Viktor Yushchenko, que mobilizou e manteve dezenas de milhares manifestantes nas ruas de Kiev, em protesto contra as fraudes. Segundo os resultados oficiais, o candidato do governo, o primeiro-ministro Viktor Yanukovich, venceu a eleição.

A decisão foi recebida com aplausos dentro da corte e euforia pelos manifestantes nas ruas.

É uma importante derrota para o presidente Leonid Kuchma. Com apoio do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ele vinha pressionando pela realização de uma eleição inteiramente nova, provavelmente antevendo o desgaste de Yanukovich. O processo levaria três semanas.

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