REUTERS - Chefes militares da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sugeriram, pela primeira vez, a participação de Israel em atividades militares antiterroristas, que envolve exercícios e patrulhamento em áreas próximas ao mar Mediterrâneo.
As informações foram publicadas pelo jornal israelense "Haaretz", nesta quarta-feira.
Um encontro entre chefes militares está previsto para hoje, com a participação de 26 países colaboradores.
Líderes da Otan afirmaram poder enviar forças militares à faixa de Gaza, assim que Israel finalizar a retirada dos assentamentos judeus da região e também da Cisjordânia.
O plano de retirada de 8.000 colonos instalados em Gaza e na Cisjordânia, elaborado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, foi aprovado pelo Parlamento israelense no dia 26 de outubro. A previsão é que a retirada dos assentamentos seja feita até setembro de 2005. Há resistência por parte dos colonos, que não querem deixar o local.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos também têm considerado o envio de forças da Otan após a finalização do plano de retirada.
O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, afirmou em entrevista ao jornal "Financial Times ontem que representantes das nações ligadas à Otan iriam discutir a possibilidade de uma operação em Gaza, caso haja concordância por parte de palestinos e israelenses.
Esta será a primeira vez que Israel vai enviar um representante da Defesa ao encontro. O major-general Yisrael Ziv foi escolhido para substituir o chefe do Exército israelense, Moshe Yaalon, que não poderá participar da reunião.
O objetivo do encontro de hoje é ampliar o chamado "Diálogo Mediterrâneo", conduzido por Israel e seis nações árabes: Egito, Jordânia, Tunísia, Argélia, Marrocos e Mauritânia.
A participação da Defesa israelense nos patrulhamentos organizados pela Otan faz parte de um plano da organização a fim de integrar os países do "Diálogo Mediterrâneo" nas operações de controle do terrorismo.
Sete ações foram propostas às autoridades israelenses, incluindo um treinamento que deve ocorrer na Ucrânia, em junho de 2005.
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