REUTERS - Duas explosões, realizadas por dois homens-bomba, mataram sete pessoas e deixaram 18 feridos no porto israelense de Ashdod (40 quilômetros ao norte da faixa de Gaza) hoje. Os autores do ataque também morreram.
Os grupos extremistas palestinos Hamas e Brigadas dos Mártires de Al Aqsa reivindicaram a autoria conjunta pelo ataque ao porto israelense de Ashdod hoje, segundo a rede de TV libanesa Al Manar, de propriedade do grupo islâmico Hizbollah. O grupo Brigadas dos Mártires de Al Aqsa é ligado ao Fatah, facção polÃtica do lÃder palestino Iasser Arafat.
Um membro da Al Aqsa identificou os suicidas como Nabil Massoud e Mohammed Salem, do campo de refugiados de Jabalya --com cerca de 90 mil moradores, o campo é conhecido como um dos redutos de grupos terroristas que atuam na Intifada (levante contra a ocupação, iniciado em setembro de 2000).
O lÃder espiritual do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, disse que os ataques foram "uma resposta aos crimes israelenses contra o nosso povo" e que os ataques vão continuar até que Israel se retire de Gaza.
Após as explosões, o encontro entre os premiês Ariel Sharon (israelense) e Ahmed Korei (palestino), previsto para acontecer na terça-feira (16), foi cancelado. Seria a primeira reunião entre eles desde a posse do governante palestino.
O ministro do gabinete israelense, Yosef Paritzky, disse que os terroristas "encontraram um ponto fraco e o exploraram". "Um porto, por natureza, é um lugar muito movimentado. Há muitas pessoas saindo e entrando. É impossÃvel selar o paÃs inteiro hermeticamente."
A polÃcia inicialmente acreditava que as explosões teriam sido causadas por um acidente em oficinas do porto, um dos mais movimentados de Israel, segundo fontes da segurança.
Uma terceira explosão foi ouvida no porto, mas aparentemente sem ligação direta com os ataques e não deixou vÃtimas, segundo o serviço de resgate.
Um chefe de polÃcia local disse que a intenção dos terroristas pode ter sido explodir reservatórios de produtos quÃmicos no porto, mas que as explosões podem ter sido detonadas prematuramente.
Um funcionário do porto, Sami Pinto, disse que quando entrou no local, viu fumaça das explosões perto de uma cerca e de uma oficina no interior do porto.
"Cinco corpos de colegas estavam no chão (perto da oficina) e mais dois do lado de fora da cerca", disse Pinto à rádio do Exército de Israel. "Um dos nossos trabalhadores que ficou levemente ferido disse que o terrorista veio e pediu água e depois que ele mostrou onde ficava o bebedouro, o cara explodiu."
Leia outras notÃcias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.