MARANHÃO - De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio mensal real domiciliar (rmmrd) per capita do Maranhão registrou o maior valor da série histórica, iniciada em 2012, e atingiu o patamar de R$ 1.078 em 2024.
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Em 2023, o valor do rmmrd per capta no Maranhão tinha sido de R$ 1.013, uma variação percentual de 6,4% considerando o avanço obtido em 2024. Essa variação ficou acima da média nacional que registrou 4,7%. Considerando a série 2012-2024, o rmmrd per capita do Maranhão cresceu ao ano aproximadamente 3,0%. O que representa o dobro do que o país alcançou: 1,5%.
Em 2012, o rmmrd per capita do Maranhão correspondia a 44,5% o do Brasil. Em 2023, o estado alcançou 52,5% do rmmrd per capita do Brasil. Já em 2024, com o valor de R$ 1.078, o Maranhão correspondeu a 53,4% do Brasil (R$ 2.020).
Menos concentração de renda
Outro dado de destaque do módulo anual da PNAD Contínua sobre Rendimento de Todas as Fontes, que foi divulgada nesta quinta-feira (8), é o índice de Gini, que marca o grau de concentração de renda.
Foi registrada menos concentração de renda no Maranhão do que na média do Brasil, um marco na pesquisa. Na passagem de 2023 para 2024, o índice caiu de 0,492 para 0,487, no Maranhão. No Brasil, o índice passou de 0,518 para 0,506, atingindo menor patamar desde o início da série histórica.
Para o economista José Reinaldo Barros Ribeiro Júnior, da Seção de Disseminação de Informações do IBGE/MA, os dados da pesquisa mostram que o Maranhão está reduzindo a distância em relação aos indicadores nacionais, mas que ainda há muito a ser percorrido e que o poder público, em suas diversas esferas, municipal, estadual e federal, possuem um papel de grande importância.
“Empiricamente está comprovado que não funciona deixar que apenas as forças de mercado resolvam problemas estruturais de natureza socioeconômica, portanto as políticas públicas e ações de governo são fundamentais. Ainda se fazem prementes políticas de transferência de renda, assim como o crescimento e modernização da economia maranhense”, observou.
Exemplo disso, é que o rendimento médio mensal dos domicílios com Bolsa Família, no Maranhão, entre 2023 e 2024, cresceu 11,6%, ao passo que nos demais domicílios o aumento no rendimento foi de 5,8%. No Brasil, as taxas percentuais de variação foram, respectivamente, de 8,1% e 4,3%. Embora ainda exista muito a avançar, o dado sinaliza para uma menor diferença entre os de baixo da pirâmide de renda e os de cima.
“O programa Bolsa Família alcançou de forma bastante expressiva uma camada ampla da população maranhense, de 2012 a 2024, o Maranhão é o estado que tem o maior percentual de domicílios com algum morador que recebe o benefício, que tem sido mostrado vital para retirar as pessoas da extrema pobreza e tem sua eficiência comprovada empiricamente. Percebemos que houve uma diminuição na distância, que ainda é grande, entre os mais pobres e os mais ricos”, destacou o economista.
O módulo anual da PNAD Contínua sobre Rendimento de Todas as Fontes explora todas as formas de rendimento, seja através do rendimento do trabalho ou do não trabalho, que é categorizado na pesquisa como “outras fontes” e inclui aposentadoria/pensão; aluguel/arrendamento; pensão alimentícia/doação/mesada de não morador; programas sociais como o Bolsa Família, BPC/LOAS, além de programas de transferência de renda estaduais e municipais; bolsa de estudo, seguro-desemprego e seguro-defeso, direitos autorais, exploração de patentes; entre outros.
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