Direitos humanos

Maranhão lidera assassinatos de indígenas defensores de direitos humanos no país

Dados foram divulgados pelas entidades Justiça Global e Terra de Direitos.

Imirante.com

Atualizada em 15/06/2023 às 13h27
Paulo Paulino “Lobo Mau” Guajajara foi assassinado na Terra Indígena Araribóia (Foto: Sarah Shenker/Survival International)

MARANHÃO - O Maranhão detém o maior número de assassinatos de indígenas defensores de direitos humanos do Brasil, e é o segundo Estado com maior número de violações contra defensores de direitos humanos. Esses dados foram revelados por um relatório divulgado pelas entidades Justiça Global e Terra de Direitos.

Ainda de acordo com o relatório, dez líderes indígenas foram assassinados no Maranhão nos últimos quatro anos. Entre as principais motivações para as violações contra os povos tradicionais estão a luta pela terra e questões ambientais.

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Em todo terrotório brasileiro, foram registradas 1.171 ocorrências contra indígenas. Destas, 169 foram assassinatos. No centro dos conflitos indígenas, a insegurança jurídica colabora para o aumento das estatísticas, com a mineração, o agronegócio e as madeireiras liderando a disputa.

“Esses povos são acometidos por um racismo institucional e estrutural muito forte, no qual o Estado Brasileiro negligencia o acesso à políticas públicas específicas, principalmente no que diz respeito à saúde e educação escolar indígena. Então todo esse cenário de violação e exploração coloca os povos indígenas e suas lideranças em uma situação de extrema violência”, disse Hemerson de Sousa, do Conselho Indigenista Missionário do Maranhão, ao g1 Maranhão. 
 

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