CAXIAS - Com o aumento do número de casos de dengue em Caxias nos primeiros meses de 2011, a Vigilância Epidemiológica, em parceria com o Centro de Controle Zoonoses (CCZ) do município está intensificando o combate ao mosquito da dengue em todo o município. Além de campanhas informativas, como a distribuição de panfletos, o órgão também realiza mutirões nas áreas de maior índice de infestação da doença, como nos bairros Tamarineiro, Castelo Branco, Vila São João, Antenor Viana e Cohab.
Até o fim de janeiro, foram notificados em Caxias 18 novos casos de dengue. O número é quase o triplo do mesmo período do ano passado, que registrou sete casos da doença. De acordo com dados do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), realizado no fim do ano passado, o município é uma das cidades que corre risco de epidemia de dengue em 2011.
O levantamento constatou que, das 2.367 residências fiscalizadas pelos agentes epidemiológicos, 74 possuíam infestação do mosquito. Entre as localidades vistoriadas, 16 possuem índice acima de 3,9% e já são consideradas áreas de risco, já que o índice considerado satisfatório para o Ministério da Saúde é de até 1%.
Segundo o Coordenador de Vigilância Epidemiológica, Salomão Xavier Sobrinho, os bairros com maior índice de infestação devem receber uma atenção redobrada. "Estes bairros possuem uma infestação muito grande da larva do mosquito da dengue. O Tamarineiro, por exemplo, possui um índice de 10%, considerado altíssimo. O mutirão é uma forma de combater o aumento da infestação nessa área, por meio de ações de coleta e prevenção", explicou.
Durante a ação, os agentes coletam possíveis criadouros do mosquito em residências, vias públicas e terrenos baldios. Somente em um dia de mutirão, foram recolhidas cerca de três carradas de lixo, entre garrafas, pneus velhos, latas, material orgânico, entre outros resíduos.
O coordenador explicou ainda que o número de casos pode aumentar mais devido à chegada do período chuvoso. "Já consideramos alto o número de registro da doença neste início de ano. E a situação pode ser ainda mais alarmante com a chegada das chuvas, pois há uma tendência de proliferação do mosquito, devido à formação de criadouros naturais", afirmou Salomão Xavier.
Além dos mutirões, o órgão intensifica o trabalho dos agentes epidemiológicos com um número maior de visitas às residências num período mais curto de tempo. “Normalmente, nossos agentes vistam uma residência a cada dois meses, mas com o risco da epidemia, a visita pode ser realizada mensalmente", disse o coordenador.
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Criadouros naturais - A irregularidade no sistema de abastecimento de água é um dos fatores que também contribuem para a proliferação do mosquito da dengue. "O sistema de abastecimento de água em todo o estado faz que com moradores acumulem água em recipientes de maneira inadequada. Isso também acontece no nosso município, onde várias comunidades não dispõem de abastecimento contínuo de água e acabam gerando verdadeiros criadouros do mosquito", garantiu Salomão Xavier.
A falta de saneamento básico e acumulação de lixo também estão entre os fatores que ajudam na proliferação do Aedes aegypti.
Números
82 casos de dengue foram registrados na cidade de Caxias em 2010.
18 pessoas contraíram a doença somente em janeiro de 2011.
74 das 2.367 residências vistoriadas ano passado apresentaram infestação do mosquito.
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