SÃO LUÍS – Uma “situação estranha”, mas que já está “pacificada”. Pelo menos foi assim que o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, classificou a rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e que resultou na morte de 18 detentos em pouco mais de 24 horas de motim. Em entrevista à Rádio Mirante AM, Aluísio Mendes garantiu que o clima em Pedrinhas é tranquilo, uma vez que todos os reféns foram liberados, e a polícia já começou a realizar revistas em todas as celas da penitenciária.
No entanto, o secretário de Segurança afirmou que não entende os motivos para a realização da rebelião por parte dos detentos. De acordo com o secretário, nenhum dos supostos motivos apresentados pelos detentos para a realização do motim (falta d’água no presídio e superlotação nas celas) levaria a uma “carnificina” semelhante ao que aconteceu em Pedrinhas.
Aluísio Mendes garantiu que não existe superlotação no presídio e muito menos deficiência na alimentação dos detentos. O secretário atribuiu, sim, a rebelião, à vontade dos presos em cometer uma verdadeira “barbárie” dentro do presídio.
- É uma situação muito estranha. Não existe nenhuma razão para esta rebelião. Nenhuma reivindicação foi feita antes com relação a maus-tratos, à deficiência na alimentação, em nada. Foi uma rebelião que começou simplesmente para cometer uma série de crimes, uma barbárie dentro do presídio. Isso está sendo apurado para saber quem é que levou a cabo esta grande carnificina que ocorreu lá dentro. Não existe nenhuma razão plausível para isso. Não existe superlotação. Não existe excesso de presos. Não existe nada que justifique a barbárie que foi cometida lá – disse o secretário de Segurança.
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Por acreditar que a rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas não está relacionada a estas exigências, o secretário Aluísio Mendes acredita que “pessoas de fora” do presídio poderiam ter insuflado os detentos. Porém, Aluísio Mendes preferiu não comentar esta declaração. O secretário se resumiu a dizer que a polícia irá apurar os responsáveis pela rebelião.
- Houve, simplesmente, uma rebelião no intuito de cometer esta barbárie, a não ser alguém estar insuflando essa movimentação de dentro da cadeia. É possível a interferência de pessoas de fora que insuflaram a rebelião. Mas isso está sendo investigado. Vai ser apurado com profundidade. O Serviço de Inteligência já está apurando as responsabilidades. Vamos chegar ao mentor dessa rebelião – explicou.
A polícia já identificou alguns dos detentos que seriam líderes do motim de dentro da penitenciária. De acordo com o secretário, estes presos deverão ser transferidos para presídios federais.
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