ESTREITO - Realizando a 6ª campanha de monitoramento da fauna nas regiões da área de influência direta da Usina Hidrelétrica Estreito, a equipe da empresa Naturae, formada por 19 biólogos e um veterinário, desenvolve o importante trabalho de inventário e monitoramento das espécies animais. O monitoramente faz uma análise populacional anterior e, futuramente, posterior à formação do lago.
Em cinco campanhas de monitoramento da fauna já realizadas na região, mais de 25.800 vertebrados foram catalogados, entre anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
“Fazemos a captura do animal, pesamos, medimos, registramos e o soltamos em seu habitat natural. Esse trabalho é importante para conhecermos a biodiversidade da fauna da região e fazermos o acompanhamento pós-enchimento do lago”, declarou o biólogo e coordenador do acampamento da Naturae, Itamar Júnior.
Metodologia - Ainda segundo Itamar Júnior, para cada grupo de animais, usa-se uma metodologia específica de captura e catalogação, e todo o procedimento é realizado cumprindo as condicionantes contidas na licença de resgate e captura de animais, emitida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
São cerca de 2.500 armadilhas instaladas em um raio de 5 quilômetros de onde é montado o acampamento. “É importante frisar que as armadilhas não prejudicam os animais”, ressalta o biólogo.
Continua após a publicidade..
As espécies mais encontradas na região são: lagarto de pedra (répteis); andorinha de coleira (aves) e morcegos (mamíferos). São encontradas também diferentes espécies com destaque para botos, ariranhas, crocodilianos, além do trabalho específico desenvolvido com a arara-azul.
Nas campanhas também é realizado o monitoramento de quelônios, onde é feito o censo dos tracajás, cágados, jabutis e tartarugas para se ter a dimensão do tamanho de cada população desses animais, sendo monitorada também as praias onde ocorrem a desova.
“Além desse trabalho, realizamos entrevistas com a população para saber o uso potencial desses animais na alimentação das pessoas aqui na região”, disse a bióloga Fernanda Gonçalves, que trabalha com quelônios.
O gerente de Meio Ambiente do Consórcio Estreito Energia (Ceste), Luciano Madeira, lembra que essa campanha de monitoramento da fauna representa a 2° fase, de pré-enchimento do reservatório.
“Tivemos a fase zero de monitoramento da fauna no canteiro de obras. Essa é a segunda fase e teremos ainda uma terceira fase pós-enchimento do lago que será realizada pelo período de dois anos”, explicou o gerente.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias