Hidrelétrica de Estreito

Edital de licitação da eclusa sai em novembro

Medida viabiliza retomada das obras de construção da eclusa de Lajeado, paralisada em 2000 por impasses ambientais.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h06

BRASÍLIA - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, confirmou que no próximo dia 4 de novembro será lançado o edital de licitação para o projeto de construção da eclusa na Hidrelétrica de Estreito, na divisa entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A medida também viabiliza a retomada das obras de construção da eclusa de Lajeado, a 50 Km de Palmas, que foram paralisadas em 2000 por uma série de impasses ambientais. Mesmo com a recente regularização, o governo federal condicionou o reinício das obras de Palmas à elaboração do projeto da eclusa de Estreito. O anúncio foi feito durante uma reunião na quarta-feira (21) com a Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem (Frenlog) na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Ao todo, o Dnit prevê a construção de quatro novas eclusas nas regiões norte/nordeste. Estreito (MA), Tucuruí (PA), Lajeado e Peixe, ambos de Tocantins, receberão investimentos da ordem de R$ 3 bilhões. As obras são pertencentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.

Os investimentos, segundo Luiz Pagot, vão permitir que 2,2 mil quilômetros de vias hidrográficas do rio Tocantins se tornem navegáveis, o que viabilizará maior movimentação de cargas entre as regiões Norte/Nordeste e o resto do país. "Os rios brasileiros estão ficando cada vez mais largos e rasos por não haver no país um programa de drenagem. Deveríamos fazer o que o resto do mundo faz, que é aprofundar os rios para preservar a água doce, produzir energia limpa e torná-los navegáveis. Por isso a importância das obras", disse.

Ele acrescentou que a logística de transporte de cargas por meio de rodovias não atende às demandas do país. Para resolver o problema, segundo Pagot, a solução é investir no sistema hidroviário. "As rodovias estão esgotadas. Para o gargalo no sistema rodoviário ser reduzido, é necessário repensar o transporte no nosso país. As hidrovias possibilitam o desenvolvimento dos estados da região Norte", afirmou.

Somente a construção da eclusa em Lajeado, vai possibilitar a navegação de mais 720 quilômetros na hidrovia do Tocantins, com rota até Peixe, no sul do estado, até Aguiarnópolis. A partir de então, a produção tocantinense será escoada pela Ferrovia Norte-Sul até o Complexo Portuário de São Luís, composto pelo Porto da Alumar, Terminal da Ponta da Madeira (administrado pela Vale) e Porto do Itaqui.

A conclusão da eclusa de Estreito está prevista para 2010, e deverá ser entregue junto com as obras da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE) que estão em andamento. A eclusa paraense, por sua vez, será entregue no mês de junho do mesmo ano. A transposição de Lajeado poderá ser concluída também em 2010 se ocorrer à imediata reativação do canteiro de obras. Apenas a eclusa de Peixe não tem nenhuma previsão de lançamento de edital ou início de construção. "A navegação na hidrovia do Tocantins consolida uma posição de reduzir as desigualdades regionais no Brasil", completou Luiz Pagot.

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