Chuvas

Nina Rodrigues castigada pela intensidade da chuva

Elevação de 13 metros do Munim trouxe inúmeros transtornos ao município. Em Codó, o rio Itapecuru começa a baixar e moradores já limpam suas casas.

Wilson Lima/O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h18

NINA RODRIGUES - O rio Munim subiu aproximadamente 13,5 metros acima do normal e causou estragos na cidade de Nina Rodrigues, distante aproximadamente 112 km de São Luís. Seis bairros foram atingidos, sendo que dois ficaram completamente submersos: Beira Rio e Palmeiral. Apenas parte superior dos telhados de várias casas pode ser vista nesta semana por causa das enchentes.

Ainda conforme a prefeitura, 19 povoados também foram afetados. A cheia do rio é considerada a maior desde 1964. Em Nina Rodrigues, já foram contabilizados 2.235 desabrigados e desalojados e 5.719 atingidos. Estes números, porém, devem ser maiores. “A cidade é plana e se essa água subir mais um ou dois metros, os alagamentos chegam até a prefeitura, no Centro”, afirmou o coordenador municipal de Defesa Civil, Agnaldo Nunes.

Todos os desabrigados em Nina Rodrigues estão distribuídos em 10 abrigos públicos: igrejas, escolas e galpões. Por causa do uso de escolas como abrigos, as aulas foram suspensas por um período de 15 dias.

Codó

Com a redução de aproximadamente 1,5 metros do rio Itapecuru, os moradores da cidade de Codó já começam, aos poucos, a reconstruir a sua vida. Ontem pela manhã, foi dia de mutirão para limpar as casas. O lavrador Marcelo Sena, morador do bairro Santo Antônio, acordou cedo ontem para iniciar um retorno para casa. Desabrigado desde sábado, Sena salvou apenas uma televisão, um guarda-roupa, e outros pertences pessoais.

Imperatriz

A Superintendência Municipal da Defesa Civil informou que o rio Tocantins atingiu ontem 9 metros acima de seu leito normal tendo desabrigado 150 famílias que estão em abrigos públicos. Outras cerca de 50 famílias residentes em áreas de riscos estão com água dentro de casa e não querem deixar as moradias. Pelos levantamentos da Defesa Civil ao todo 300 famílias foram desalojadas e foram para a casa de famílias, no entanto 150 delas foram levadas aos abrigos.

As equipes de buscas levaram a maioria dos desabrigadas para o parque de exposições da cidade. Os técnicos concluíram ontem a instalação de energia, água potável e reparos nas barracas que também estão recebendo mais de duas famílias como inicialmente estava previsto. Nas barracas do parque agora estão abrigadas 92 das 150 famílias desabrigadas.

Ribamar

A Prefeitura de São José de Ribamar está executando serviços emergenciais em áreas do município que foram fortemente atingidas pelas chuvas que continuam caindo na Ilha de São Luís. Os serviços consistem, principalmente, na recuperação e desobstrução de trechos de estradas, ruas e avenidas e reconstrução de alguns bueiros e trechos de ponte. No bairro Miritiua, por exemplo, operários instalaram uma ponte de madeira provisória para uso dos pedestres. No prazo máximo de 10 dias, terão início as obras de reconstrução da ponte de concreto que foi destruída.

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