Lançamento

Livro sobre quilombolas retrata conflito em Alcântara

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h19

SÃO LUÍS - Representantes de comunidades quilombolas e interessados na questão de territórios étnicos participam no último sábado (28) do lançamento do livro “Quilombolas de Alcântara: território e conflito”, escrito por Davi Pereira Júnior. O evento está marcado para às 9h na escola de 2º Grau “João Leitão”, na cidade de Alcântara.

Em dois capítulos, o livro trata sobre o “intrusamento” do território das comunidades quilombolas de Alcântara pela empresa binacional Alcântara Cyclone Space. No primeiro capítulo, o autor discorre sobre os atos de “intrusamento” do território das comunidades de Baracatatiua e Mamuna, no município de Alcântara, no período de novembro de 2007 a abril de 2008, pela empresa binacional Alcântara Cyclone Space. O conteúdo combina fotos, descrição dos atos predatórios ao território, informações georeferenciadas e um conjunto de mapas ilustrativos.

No segundo capítulo, o autor elabora um estudo de sobreposição, a partir da comparação de bases cartográficas da proposta apresentada às comunidades e movimentos sociais envolvidos na questão Alcântara com o laudo antropológico de Alcântara, de autoria do antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida.

O estudo de sobreposição traz ainda ampla reflexão sobre as conseqüências e os imensuráveis danos às comunidades quilombolas do município com a eventual implantação do Centro Espacial de Alcântara (CEA)

Sobre o autor

Davi Pereira Junior é quilombola da comunidade de Itamatatiua, historiador formado pelo Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), é membro do Grupo de Estudos Socioeconômicos da Amazônia (Gesea), pesquisador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), núcleo Maranhão, e especializando em Sociologia das Interpretações do Maranhão: Povos e Comunidades Tradicionais, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Étnicas. Em toda a sua trajetória acadêmica e política tem participado ativamente da luta dos quilombolas pela garantia da existência desses grupos étnicos face a interesses comerciais transnacionais, representados na instalação do Centro Espacial de Alcântara.

Fonte: Ascom UEMA

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