SÃO LUÍS - A reclamação vem dos próprios moradores da cidade, o rio Peritoró, diz o lavrador Elinaldo Nunes da Silva, é onde jogam de tudo.“Cai todo tipo de lixo, cai o esgoto, saco velho de plástico. Os esgoto daqui cai tudo no rio, com certeza isso prejudica”, denunciou.
As matas ciliares se foram na visão do aposentado Manoel Ferreira, morador de Peritoró, há décadas. Para ele, com o rio morrendo é cada vez mais difícil encontrar peixes, como acontecia antigamente. “Alcancei tudo com mata do lado. Tinha mata, pau, tudo e dava muito peixe. Agora não peixe de jeito nenhum porque desmataram. Tinha que preservar a mata, tinha que ter aquela ordem. Aqui não encontra peixe, como que o peixe vai ficar aí?” questiona.
A mata ciliar do rio Peritoró enfrenta desmatamento constante porque, principalmente, passa por dentro de muitas fazendas. Sem qualquer punição, as margens são devastadas para dar lugar ao pasto para gado. Hoje a imagem que se ver é de um leito estreito e sem qualquer possibilidade de navegação. As canoas dos pescadores podem ser vistas atracadas a espera de chuva para voltar à deslizar pelas águas do Peritoró.
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Quem ver o rio desaparecendo aos poucos se preocupa e culpa a falta de ações governamentais e da própria sociedade civil organizada no sentido de criar atitudes que coíbam sua degradação. Assim pensa o motorista, Salomão Oliveira.
“Eu acho que o governo deveria se empenhar mais, principalmente o governo municipal, porque dinheiro vem demais. O meio ambiente hoje está defasado porque todo mundo só pensa em si mesmo. As uniões de moradores é outro caso, é só para o presidente, os secretários, para o tesoureiro. Ninguém nem se lembra disso aqui, o povo passa aqui e ninguém ta nem aí” reclamou.
Na secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico de Peritoró, obtivemos a informação de que existe um projeto de reflorestamento das margens do rio a ser implantado, mas a previsão é de que isso aconteça apenas ano que vem.
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