CODÓ - Livrarias, casas do livro existem em Codó. Mas elas não vendem livros. São, na verdade, apenas revendedoras de material escolar. Luís Francisco das Chagas Costa, vendedor, explica que falta público interessado em comprar.“Falta procura por parte das pessoas, geralmente estão investindo mais em apostilas. Trazem o livro,tira a xerox. Isso é bom para quem trabalha com xerox, para quem vende livro atrapalha. Ou seja, indo na livraria você não vai encontrar livros”, afirmou Luís.
LEITORES ESQUECIDOS
O professor, Vanderly Gomes, pensa diferente. Público interessado existe. Mas a necessidade desse, mesmo pequeno público, não é atendida.“Os proprietários de livrarias quando trazem os livros não atendem a necessidade da comunidade. A maioria é formada por professores, então eles têm que comprar livros voltados a área pedagógica. Resta o sebo, de dois em dois meses. Existe a clientela, os proprietários devem procurar quais livros estão sendo utilizados atualmente, que cursos estão sendo oferecidos na cidade para se adequarem a esta realidade” alertou Vanderly.
Para os estudantes a situação é pior. A biblioteca pública municipal, Fernando de Carvalho, não funciona desde janeiro do ano passado. Para melhorar o que é ensinado na escola, Geó Rodrigues, estudante, diz que é indispensável novas leituras.“Só o que a escola provê para o aluno é insuficiente para nós aprendermos o que realmente precisamos, mas quando nós saímos a procura disso não encontramos. Isso é péssimo, vivemos numa cidade sem livros”, reclamou o estudante.
EVANGÉLICOS EM ALTA
Livrando-se desse problema está aquele que adquiriu o gosto por leituras evangélicas. Este público já conta com duas bibliotecas. Uma delas, oferece aluguel de livros a R$ 0,50 o dia. O proprietário, Raniere Vitorino Rodrigues, afirma que isso tem impulsionado o gosto pela leitura na cidade, sobretudo, entre os jovens evangélicos.“Com isso, qualquer pessoa pode ler um livro dentro de uma semana pagando apenas R$ 3,50. Isso falando de um livro que pode custar até R$ 40,00. Isso tem impulsionado e muito o negócio justamente por esta facilidade e nosso plano é montar uma biblioteca que chegue a ofertar literaturas pedagógicas também, brevemente”, disse o empresário.
Este é sem dúvida um público de leitores, considerados, fiéis. Iraneide tem preferência por livros evangélicos de auto-ajuda direcionados a manutenção da fé e da família. Ela explica que o por quê. “Pra gente ser mais próxima de Deus a gente tem que conhecer mais as coisas que ele fez, a gente ler a Bíblia e fica curiosa de saber outras coisas, nesse caso entra os livros para complementar nosso conhecimento”, ressaltou a jovem leitora.
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