CODÓ - Os municípios de Codó e Timbiras são recordistas em exportação de mão-de-obra pouco qualificada para outros estados, principalmente para o corte da cana.
Somente em 2006 e 2007, mais de 9 mil pessoas foram trabalhar em condições semi-escravas em canaviais de Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
O assunto foi tema do encontro “Reforma Agrária versus Justiça Social” realizado na última quinta-feira, no salão paroquial da Igreja de São José em Codó.
O encontro discutiu o papel da reforma agrária e da justiça social sob o aspecto da migração. Participaram do encontro líderes religiosos católicos, associações de produtores rurais, sindicalistas e muitos cortadores de cana-de-açúcar, os próprios migrantes. Os participantes discutiram, principalmente, o problema da migração de codoenses e timbirenses e buscam uma solução para isso.
Para os estudiosos do assunto, como o professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Marcelo Carneiro, a razão dessa exportação de mão-de-obra semi-escrava é o desemprego alarmante em Codó e Timbiras que, juntos, exportaram, nos anos de 2006 e 2007, cerca de 9 mil pessoas para os canaviais de vários estados.
Nos mesmos anos, a pesquisa feita por uma equipe da UFMA, sob a coordenação do professor, constatou que 24% das famílias entrevistadas em Codó tinham pelo menos uma pessoa trabalhando no corte de cana. Em Timbiras, este índice chegou a 64% nas famílias entrevistadas.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.