SÃO LUÍS - O deputado e presidente em exercício do PDT, Julião Amim, confirmou em depoimento ao juiz Carlos Santana o pagamento de R$ 5 mil ao ex-prefeito Mimi Cutrim (Olinda Nova) durante a campanha de 2006. Segundo o deputado, o dinheiro seria usado para aluguel de veículos para a campanha de Jackson Lago.
Julião, no entanto, negou que tenha havido irregularidades no repasse e no uso dos recursos. Disse que o dinheiro foi repassado por Luís Carlos, do comitê financeiro da "Frente de Libertação do Maranhão", a um assessor seu que repassou a militante pedetista em Olinda Nova Conceição Cutrim.
Questionado se era comum o repasse de dinheiro a aliados recentes, o pedetista disse que não ao mesmo tempo em quem declarou não saber como o partido trabalha com suas finanças. Julião disse que foi Mimi Cutrim quem o procurou para apoiar Jackson Lago.
De acordo com ele, os R$ 5 mil estão declarados na prestação de contas da "Frente de Libertação do Maranhão". "Isso não é verdade porque não há especificação na prestação de contas desse dinheiro", rebateu o advogado Erick Marinho, da coligação "Maranhão-A Força do Povo".
Por ser presidente em exercício do PDT, Julião depôs como informante. Isso quer dizer que o depoimento não terá valor algum. O deputado surpreendeu os presentes durante depoimento ao fazer discurso sobre o combate que tem feito a "oligarquia que comanda o Maranhão há 40 anos".
Contou não se lembrar de ter discursado em São José de Ribamar durante a distribuição de kits de salvatagem. Também não lembrou da participação do deputado Afonso Manoel e do ex-prefeito Julinho Matos no evento.
"Se estive lá foi muito rápido. Entrei e saí", assegurou completando sobre a presença de Afonso e Julinho:"Não sei porque nessa época não participava desse grupo (do então governador José Reinaldo Tavares)".
Saúde
A ex-secretária Helena Dualibe (Saúde) negou ter assinado convênio em sua residência com o presidente da Associação do Povoado Tanque (Grajaú), Bento Barbosa Martins. Helena disse que mora no 11º de um prédio e não em casa como havia informado a testemunha.
Para tirar a dúvida o advogado Flávio Dino propôs uma acareação entre os dois, mas ao final do depoimento ele acabou concorcando em cancelá-la. Ao blog, Bento Barbosa disse ter sido levado pelo ex-prefeito Milton Gomes (Grajaú) a uma casa para assinar o convênio. A ele o ex-prefeito disse que a casa era da secretária.
Mostrando-se nervosa, Helena Duailibe assumiu toda a responsabilidade pela assinatura dos convênios. Curiosamente, ela não lembrava dos pontos principais desses convênios. No depoimento ficou claro que os convênios eram assinados de acordo com o interesse político do governo.
Em Caxias, do aliado Humberto Coutinho, foi celebrado convênio de R$ 21 milhões com a prefeitura. Em Grajaú com a Associação do Povoado Tanque, do aliado Milton Gomes, e em Chapadinha com a Fundação Raimunda Maria Pessoa, nome da mulher do ex-prefeito Isaías Fortes.
O advogado Marcos Lobo fez questão de lembrar que a ex-secretária é ré em dois processos sobre a eleição que tramitam na Justiça Eleitoral por supostamente favorecer a eleição do marido Afonso Manoel (PSB), que passou de uma quarta suplência para ser o deputado estadual mais votado do Maranhão.
Grajaú
O ex-prefeito Milton Gomes confirmou o essencial das denúncias feitas por Bento Martins. Firmou o convênio com a Secretaria de Saúde, foi ao Banco do Brasil de Grajaú abrir a conta da Associação do Povoado Tanque, ficou com os talonário de cheques e cartões e era quem, junto com a filha Bernadete, movimentava o dinheiro.
No entanto, negou o desvio do dinheiro para a campanha de Jackson Lago e os candidatos da "Frente de Libertação do Maranhão".
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