SÃO LUÍS - O líder comunitário Bento Barbosa Martins, do povoado Tanque em Grajaú, confirmou em depoimento ao juiz Carlos Santana, o desvio de mais de R$ 500 mil da associação da qual é presidente para a campanha do governador Jackson Lago (PDT). Ele foi a quinta testemunha a depor, antes dos trabalhos serem suspensos.
Bastante seguro em suas declarações, o líder comunitário contou que o recurso foi conseguido através de convênio, junto à Secretaria de Saúde do Estado, pelo ex-prefeito Milton Gomes (Grajaú), coordenador da campanha do governador na cidade. Foi assinando numa Quinta-feira Santa na casa da então secretária Helena Duailibe (Saúde), a quem não conhecia.
De volta a Grajaú, Milton Gomes e sua filha Margareth abriram uma conta no Banco do Brasil em nome da associação e se apossaram dos talonários de cheques e cartões de crédito. Pai e filha gastaram o dinheiro na campanha de Jackson Lago e dos candidatos a deputado Rigo Teles (PDT) e Sebastião Madeira (PSDB).
Segundo ele, o ex-prefeito chegou a distribuir filtros, cestas básicas e material de construção aos moradores do Tanque em troca de votos, mas as obras fruto do convênio – um posto de saúde e um poço artesiano- nunca foram construídos.
"Ele explicaram que depois que Jackson vencesse as eleições outros convênios seriam realizados e as obras feitas", declarou Bento Barbosa ao juiz.
Imperatriz
Moradora de Imperatriz, Wuiara Cristina confirmou ter sido abordada a pouco metros de sua sessão eleitoral pelo vereador João Menezes de Santana (João Lisboa), que lhe deu R$ 100 em duas notas de R$ 50 para que votasse em seu candidato. Junto com o dinheiro, ele deu a ela um santinho de Jackson Lago. O vereador foi preso em flagrante com R$ 17 mil e material de campanha dos candidatos "frentistas".
O jornalista Rivaldo Moura, ex-prestador de serviço à Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), afirmou ter tomado conhecimento do episódio que ficou conhecido por "Mensalão da Secom", quando veículos de comunicação receberam recursos públicos para desencadear uma campanha difamatória contra então candidata Roseana Sarney (PMDB).
O principal beneficiário do esquema foi o jornalista Lourival Bogéa e o Jornal Pequeno.
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