SÃO LUÍS - Deputados de oposição criticaram duramente, na sessão desta quinta-feira (10), a prisão do ex- senador Chiquinho Escórcio (PMDB), ocorrida na quarta-feira após discussão com o diretor de Redação do Jornal Pequeno, Lourival Bogéa.
Eles classificaram a prisão como tendo sido fruto de abuso de poder e o líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Ricardo Murad (PMDB), anunciou que o partido vai entrar com representações junto aos Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal contra membros do governo do Estado, o delegado Rodson Almeida e policiais envolvidos no episódio.
O primeiro que criticou a prisão de Escórcio foi o deputado Chico Gomes (DEM), ao afirmar que a partir de agora existe “o risco de que aconteça o mesmo com os pobres da periferia, com invasão de casas”, e disse que a medida seria uma forma de “atemorizar” as testemunhas no processo de cassação do governador Jackson Lago, uma vez que o ex-suplente de senador dá assistência aos advogados e testemunhas no caso.
Em seguida Jura Filho (PMDB) foi à tribuna fazer críticas na mesma linha e cobrou do governo a apuração do episódio. O peemedebista também lembrou que quando foi vice-governador foi impedido pela polícia de entrar em seu próprio gabinete e assegurou que ações policiais desta natureza poderiam inibir a ação até dos próprios deputados.
O deputado Antônio Pereira (DEM) foi o próximo a usar a tribuna para tratar do assunto. Ele cobrou do governo um posicionamento em relação a questão e pediu que esses casos não sejam banalizados, a exemplo do que aconteceu também com o cantor Gerô, morto por agressões policiais.
Coube a Ricardo fazer o maior volume de críticas ao episódio. Ele fez pesados ataques a Lourival , ao secretário-chefe da Casa Civil, Aderson Lago, e à secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, que teriam manobrado para forçar a prisão de Chiquinho. Cobrou do governador uma posição sobre o caso.
Também criticou o delegado Rodson Almeida e anunciou que o PMDB vai processá-lo por abuso de autoridade. Disse que a oposição espera um posicionamento do governo em relação ao episódio. “A Polícia não pode ser política”, acusou. “A Assembléia tem que levar esse caso à frente para que ele tenha resultado”, afirmou.
Outro deputado que criticou a prisão do ex-senador foi Max Barros (DEM). O parlamentar disse que uma discussão pessoal não seria motivo suficiente para fazer a polícia, com veículo descaracterizado, e com grande aparato, prender uma pessoa, independente de sua posição social ou política. “Foi um atentado ao Estado de direito democrático”, assegurou.
A deputada Helena Heluy (PT) falou sobre o assunto em seguida e também condenou a prisão, sob a alegação de que “não importa quem seja”, houve abuso de autoridade.
Defesa
O líder da bancada governista, Marcelo Tavares (PSB), subiu à tribuna por três vezes, para descartar a possibilidade de “armação política” ou de qualquer envolvimento da cúpula do governo no episódio ocorrido na última quarta-feira.
Em todos os seus pronunciamentos, ele se contrapôs a Ricardo , que atribuiu a responsabilidade do caso ao governador Jackson Lago (PDT), à secretária Eurídice Vidigal (Segurança Cidadã) e ao ex-deputado Aderson Lago (Casa Civil).
“Esse episódio é uma rixa entre duas pessoas e não há nada de governamental nisso”, ressaltou Tavares. O líder da bancada governista disse que não entraria no mérito da ação policial, porque acredita haver elementos suficientes para que ela seja de fato apurada e verificada se houve acesso.
(Com informações da Assembléia Legislativa do Maranhão).
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