Saúde

230 casos suspeitos de dengue no Maranhão

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h44

Rio - O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, divulgou, ontem, o novo balanço da dengue no Brasil, que aponta dados positivos quanto à redução de casos. De acordo com a avaliação, foram notificados 32.122 casos de dengue nas primeiras cinco semanas de 2008 contra 53.224 registrados no mesmo período do ano passado, o que representa queda de 39,65%. O Maranhão registrou 230 dos 6.326 casos suspeitos de dengue da região.

O Nordeste apresentou uma redução de 26,55% no número de casos, quando comparado com o mesmo período de 2007, o segundo maior percentual de queda, ficando atrás do Centro-Oeste, cuja baixa foi de 81,12%. No Sul, a queda foi de 25,51%, no Sudeste, de 5,46%. A região Norte apresenta tendência de aumento, com uma elevação de 54,57% dos casos em 2008 em relação ao mesmo período de 2007.

Ao contrário do índice nacional, o estado do Rio de Janeiro registrou aumento de 117,42% no número de casos no período analisado. No estado ocorreram 8.486 casos nas primeiras cinco semanas de 2008, respondendo por 16% dos casos do país.

“A redução no número de casos na maioria dos estados brasileiros é bastante significativa e revela o resultado de esforços dos governos Federal, estaduais e municipais no combate à dengue. Por outro lado, indica a importância de mantermos a vigilância permanente contra o Aedes aegypti, uma vez que estamos no período de maior transmissão da doença. Todo cuidado é pouco”, salientou o ministro José Gomes Temporão.

Ainda de acordo com a primeira avaliação da dengue este ano, não existe nenhum estado com relato de epidemias de grande magnitude, como o ocorrido em janeiro de 2007, quando o estado de Mato Grosso do Sul já havia notificado praticamente 20.000 casos.

O estado de Santa Catarina continua sem transmissão local da doença. Todos as ocorrências notificadas no estado são importadas, ou seja, de pessoas que já chegaram a Santa Catarina infectadas.

“No Brasil, cerca de 70% dos casos de dengue registrados anualmente ocorrem no período de janeiro a maio. Por esse motivo, a continuidade das medidas de combate ao vetor nos municípios e a participação da população são essenciais, uma vez que estamos apenas no início do período favorável à transmissão da dengue”, alertou o ministro da Saúde.

Ações

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De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), a redução de casos da doença registrada nas cinco primeiras semanas de 2008 em relação ao mesmo período do ano passado resulta das ações desenvolvidas pelos governos Federal, estaduais e municipais no combate à doença.

Nos meses de outubro e novembro de 2007, foi realizado o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que orientou as prefeituras no desenvolvimento das ações de prevenção à dengue nos locais considerados mais críticos.

Além disso, no dia 24 de novembro, aconteceu o Dia D de combate à dengue, quando todo país foi mobilizado para o trabalho de eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença.

O Ministério da Saúde vem veiculando uma campanha publicitária com o slogan “Combater a dengue é um dever meu, seu e de todos. A dengue pode matar”. A ação tem o objetivo de estimular a população a eliminar os locais de água parada, onde o mosquito transmissor se multiplica.

Pela primeira vez, a campanha de combate à dengue foi regionalizada, observando as diversas peculiaridades do país.

Outra estratégia relacionada à dengue foi a parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) para divulgação de informações aos quase 400 mil profissionais médicos do país. Inicialmente, o ministro enviou uma carta destacando a importância do engajamento dos médicos na campanha de combate à dengue em todo o país, para orientá-los sobre diagnóstico e tratamento da doença. O Ministério enviou ainda a cada médico um kit contendo CD-ROM e uma publicação com informações e orientações sobre a doença.

Os quase 350 mil agentes de saúde também foram convocados pelo ministro Temporão para ajudar no combate à dengue. Eles receberam uma carta do ministro, ressaltando a importância de sua atuação na mobilização da sociedade no combate ao mosquito transmissor da doença.

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