Pioneiro

Alcântara terá 1° Banco Comunitário Quilombola do Brasil

A inauguração será na próxima terça-feira (20), às 9 horas, no centro do município.

Atualizada em 27/03/2022 às 13h51

SÃO LUÍS - Marcada por altos índices de pobreza, população quilombola de Alcântara vai comemorar o dia Nacional da Consciência Negra (20) com a conquista de novas oportunidades para de geração de trabalho e renda. Maranhão é pioneiro na iniciativa

A comunidade quilombola de Alcântara vai ganhar o primeiro Banco Comunitário Quilombola do país. A inauguração será na próxima terça-feira (20), às 9 horas, no centro do município. O objetivo é facilitar o acesso ao crédito para pequenos empreendedores e impulsionar o desenvolvimento local.

Com capital inicial de R$ 50 mil, a instituição financeira também fará operações com moeda social, denominada Guará. "A finalidade da moeda social é estimular o consumo de bens e serviços produzidos pela própria comunidade", explica Dione Manetti, diretor de Fomento da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE), que participa do evento.

A necessidade da criação de um banco comunitário em Alcântara foi apontada pelos agentes do Programa de Promoção de Desenvolvimento Local e Economia Solidária (PPDLES)*1; programa da (Senaes/MTE). A partir daí, a coordenação do PPDLES trabalhou junto à população local na busca de parceiros para a viabilização do Banco. Foram prestados serviços de treinamentos e assessoria técnica.

Crédito diferenciado

Os empréstimos no Banco Quilombola poderão ser feitos nas duas moedas. Para o microcrédito produtivo, a cobrança de juros será de 0,5% a 2%, bem abaixo da praticada pelo mercado. O crédito pessoal será feito em Guará, sem taxa. "O Banco Comunitário é uma alternativa para a inclusão social e econômica dos quilombolas de Alcântara, sem que a gente tenha que depender das regras tradicionais", defende Servulo Borges, um dos idealizadores da iniciativa dentro da comunidade.

Para facilitar a compra de matéria-prima, os produtores e comerciantes associados ao Banco Quilombola poderão trocar Guará por Real. R20;O comércio local aceitará a moeda social, mas para fazer operações fora dali o empreendedor precisará da moeda correnteR21;, ressalta Joaquim de Melo, coordenador do Banco Palmas R11; entidade que apoiou o a capacitação metodológica para o funcionamento do Banco em Alcântara.

A instalação de um caixa do Banco Popular do Brasil (BPB), subsidiário do Banco do Brasil, garantirá a oferta de outros procedimentos bancários, como o pagamento de contas de água e luz e boletos em geral.

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