Prejuízos

O drama das pontes de madeira em Codó

A última a desabar foi a da rua da Coheb, bairro São Sebastião, sexta-feira, 26.

Acélio Trindade, para o Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h53

CODÓ - As pontes de madeira dentro da cidade de Codó continuam causando prejuízos. A última a desabar foi a da rua da Coheb, bairro São Sebastião, sexta-feira, 26. Um caminhão com cerca de 10 toneladas, carregado de doces, vindo do Ceará, ficou durante toda a manhã a espera de ajuda para sair do lugar.

Prejuízo

O caminhoneiro, José Chaves da Silva, conta que foi surpreendido.”Não tinha aviso nenhum, aí fica ruim de saber se ela agüenta o caminhão ou não. Quando eu entrei na ponte, passei a dianteira, cedeu na traseira e eu senti o estralo da ponte”, disse.

Indignado o caminhoneiro reclamou da falta de sinalização que, na opinião dele, era de responsabilidade da Prefeitura.“Isso aqui é responsabilidade da Prefeitura porque se a ponte não tem condição de ter trânsito, ela tinha que colocar um aviso para não passar ninguém. Quem passasse vendo o aviso, a responsabilidade era toda dele. Mas não tem nada. Isso aqui já era para o prefeito ter isolado”, reclamou.

Mal necessário

As pontes são necessárias em vários pontos da cidade por causa dos riachos e igarapés que cortam a cidade, sendo o maior deles o Riacho Água Fria. Elas até que ajudam no tráfego, mas o estado de algumas é precário. Tábuas estragadas, estrutura comprometida são visíveis. Mesmo as recentemente reformadas, como é o caso da rua da Coheb, as vezes surpreendem causando acidentes.

A maioria é contra a existência delas na cidade. Já deveriam ter sido substituídas por aquelas de concreto armado.”No meu ponto de vista teria que ter uma coisa mais segura, porque uma ponte dessa aí toda amarrada com pregos. Eu creio que elas têm que ser eliminadas porque vem verba para a Prefeitura para esse tipo de coisa aí”, reclamou o motorista Elias da Silva.

"Falta recursos", diz secretário

Falta de verba é justamente o motivo da existência das pontes de madeira ainda em Codó, na visão do secretário de Obras, Hildemberg Oliveira.”Porque o nosso grande problema hoje são falta de recursos. São obras que estão sendo feitas com FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e esses recursos são destinados também à outras atividades da prefeitura, então a gente não pode fazer essas pontes de uma vez só”, explicou Hildemberg.

Não há um levantamento exato, na secretaria, sobre quantas pontes de madeira existem na cidade. Mas o secretário afirmou que elas estão sendo cuidadas.”Nós estamos recuperando quando acontece algum problema, quando a ponte está danificada nós estamos reconstruindo de madeira até conseguir verba para a mudança de concreto armado”, afirmou.

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