Cidade de Coroatá terá Conselho Municipal do Idoso

Portal AZ

Atualizada em 27/03/2022 às 13h53

COROATÁ - As reclamações dos idosos de Coroatá no Maranhão são as mais diversas possíveis. Para o aposentado Agripino Bispo de Lima, nem no trânsito aqueles acima dos 60 anos de idade são respeitados. É preciso cuidado na travessia das ruas. “Se ele ta de moto ou de carro, aí é que é pior. Saia do meio, senão eu passo por cima velho, é assim que dizem aqui. Nesse momento a gente se sente um bocado coagido, coagido mesmo”, afirmou seu Agripino.

Os golpes também são freqüentes em Coroatá. Os empréstimos consignados sem a autorização dos aposentados são motivos de várias queixas prestadas na delegacia da cidade.

Violência em casa

Dentro de Casa, o idoso, Firmino Chaves, diz que também existem vários desrespeitos. Abandono, apropriação indébita de cartões magnéticos e do próprio dinheiro da aposentadoria e estes casos geralmente não chegam ao conhecimento das autoridades. “O idoso recebe o dinheiro e o filho toma, quebra a casa. Quando ele chega com algo para comer, o filho toma e o idoso fica sofrendo e ninguém vai lá. Os filhos dão no idoso, deram numa velha que faltaram matar pra li. Isso acontece muito aqui em Coroatá”, disse Firmino Chaves.

Sem defesa

Não existem órgãos de defesa do idoso em Coroatá. Mas a formação de um Conselho Municipal está sendo trabalhada. A lei que autoriza a criação já foi aprovada na Câmara Municipal.

Nesta quinta-feira, 25, de acordo com a secretária de desenvolvimento social de Coroatá, Ester Moura, acontecerá uma reunião para escolha da mesa diretora do conselho que deverá defender os interesses da classe idosa no município a partir de agora.

“Esse conselho vai atuar contra a violência dos familiares que muitas vezes abandonam, vai estar a favor da cultura, do lazer. Por tudo isso a gente ver que é um Conselho que vai fortalecer e defender os direitos da pessoa da terceira idade”, afirmou.

Enquanto isso algo já poderia melhorar se todos atendessem ao desejo da aposentada, Francisca Rodrigues Alves. Mais respeito seria essencial. “O idoso tem que tratar bem todo mundo, mas é preciso, primeiro, que o novo trate bem ao idoso, isso é importante para mim”, disse a aposentada.

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