Dia de visitas

Grevistas fazem churrasco em frente ao presídio de Pedreiras

O dia visitas no Centro de Ressocialização Regional de Pedreiras foi tranqüilo.

Acélio Trindade, para o Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h54

PEDREIRAS - O Centro de Ressocialização Regional de Pedreiras recebeu ontem, 4, um reforço de nove agentes peninteciários e mais quatro policiais civis da capital, São Luís. A finalidade era reforçar a greve em frente ao portão principal do presídio e evitar tumultos na hora da visita aos presos, uma vez que esta, por conta da greve, seria impedida.

Todos foram surpreendidos com a quantidade de familiares dos apenados que apareceram."Viemos para impedir entrada de visitas, saída para audiências já que o efetivo tá pouco devido só aos 30%. Graças a Deus, a quantidade de visitantes foi pouca. Vieram só sete ou oito pessoas e está tudo tranquilo", disse o agente penitenciário, Cláudio Guimarães. A tranquilidade foi tanta que os grevistas tiveram tempo para realizar um churrasco em frente ao

presídio regional.

Para conseguir o feito, o diretor do estabelecimento prisional de Pedreiras, Júlio César Gonçalves Ferreira, no cargo há três meses, disse que conscientizou à todos da importância da greve."Isso é fruto de um trabalho diferenciado, conscientizamos tanto nossos internos quanto os familiares, se a greve é um direito de nossos servidores nós temos que respeitar e foi repassado assim para eles. Fizemos reunião com os internos e com os familiares e eles aceitaram sem problema nenhum", explicou o diretor.

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Júlio Ferreira também usou o artifício de prometer compensar os dias sem visitas ao presídio."Eles (presos) também têm direitos, se nós estamos vetando o direito de visitas, posteriormente nós iremos dar um dia pra eles. Seria na quinta-feira, por exemplo, visita só pela manhã, a gente dá manhã e tarde para eles", frisou.

O presídio regional tem 150 presos, divididos em quatro pavilhões. Está no limite máximo de sua lotação. Para manter a ordem entre tantos, os agentes penintenciários estão se revezando para não enfraquecer o movimento, nem deixar o local totalmente desasistido."No plantão somos quatro, aí fica três lá fora (na greve) e um fica aqui dentro dando apoio geral juntamente com o chefe de plantão", explicou o agente penintenciário Nonato Reis.

Os presos, que chegaram a iniciar uma revolta na primeira quinta-feira da greve da polícia civil quebrando cadeados e ameaçando chegar até a saída principal, hoje mostram-se tranquilos."Eu entendo que é questão do governo, porque nunca tinha acontecido isso nesses quatro anos que estou preso. Eles têm o direito deles, em tudo que o governador assinar, aí eu tenho certeza que acaba", disse o preso Edilson Carvalho Ramos.

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