SÃO LUÍS - O Centro Nacional de Populações Tradicionais (CNPT) do Ibama no Maranhão marcou para o próximo dia 7 de julho o processo de escolha da nova coordenação da Associação de Moradores da Reserva Extrativista Marinha de Cururupu. Numa reunião realizada na semana passada naquele município do litoral ocidental maranhense, ficou definido que realizada a eleição terá chapa única e será feita na sede do Sindicato de Pescadores, local escolhido pela facilidade de acesso em relação às diversas ilhas da região. São onze os cargos disponíveis, entre coordenadores, conselheiros, secretários e tesoureiros. O processo eletivo é realizado a cada dois anos.
O Ibama esteve representado na reunião pela chefe da Resex, Mary Jane Costa, e pelo analista ambiental Fabiano Ribeiro. Estiveram presentes membros das diversas comunidades que compõem aquela unidade de conservação.
Caberá aos novos coordenadores da Associação a gestão da Reserva Extrativista de Cururupu, juntamente com o IBAMA e com o Conselho Deliberativo – este ainda não criado. Segundo Mary Jane Costa, até agora foram realizadas assembléias nas comunidades, em que cada uma escolheu dois membros para participar do futuro Conselho, tendo sido convidados também representantes da Prefeitura Municipal, da Câmara de Vereadores, da Secretaria de Meio Ambiente, de sindicatos e da Agenda 21.
Segundo o analista ambiental Alexandre Brito, é interessante observar o grau de organização das comunidades que, antes mesmo da criação daquela unidade de conservação, naturalmente já tinham um código de ética e de conduta interno, citando o caso de São Lucas, em que os moradores definiram uma multa para pequenos delitos ambientais.
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"Eles foram forçados a se organizar, até pela dificuldade de morar em uma ilha, que muitas vezes torna difícil o acesso do poder público instituído. A criação da Reserva melhorou esse aspecto, pois abriu as portas da região para outras entidades trabalharem, garantindo recursos de bancos, a questão da comunicação e do acesso à energia elétrica, por exemplo", citou Brito.
A Reserva Extrativista de Cururupu foi criada por um decreto presidencial em junho de 2004, abrangendo os municípios de Cururupu e Serrano do Maranhão, com área totalizando cerca de 185 mil hectares – dos quais 107 mil são de ecossistemas de manguezais. Ali vivem aproximadamente seis mil moradores, boa parte pescadores artesanais, distribuídos ao longo de quinze ilhas, em um cenário com muitas reentrâncias, rios e baías.
O objetivo da Reserva é proteger os meios de vida e a cultura das populações tradicionais, assegurando o uso sustentável dos recursos naturais da área.
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