Professores de Codó protestam e ameaçam fazer greve

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h05

CODÓ - Os professores da rede municipal de ensino de Codó ainda aguardam uma resposta do Poder Executivo, desde a realização de uma grande manifestação pelas ruas da cidade no último fim de semana. A categoria alega que não há diálogo quanto a melhorias salariais reivindicadas tanto ao prefeito Biné Figueredo quanto ao secretário municipal de Educação, Jockey Ribeiro Neto. Caso não haja diálogo, a categoria ameaça greve por tempo indeterminado.

De acordo com a professora Joseane Cantanhêde, os educadores querem apenas um canal para dialogar com o Executivo, para que haja discussão em torno de um novo piso salarial. “O que nós estamos pedindo é que o prefeito se reúna conosco e converse. Diga a realidade do Município e como será aplicado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), além de nos informar quanto a Prefeitura pode nos repassar dentro desse piso salarial que é imposto pelo fundo”, explicou a professora.

Foi a primeira vez na história de Codó que professores foram para as ruas protestar. Levaram cartazes, faixas, chamando a atenção do governo, e dois caixões, pedindo o enterro da atual administração e de como está sendo tratada a educação codoense.

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URGÊNCIA

Jacinto Júnior, um dos líderes da comissão que comanda as manifestações da categoria, disse que há urgência nas discussões, pois o Fundeb já foi implantado e isso significa acréscimo no dinheiro disponibilizado aos municípios. “Isso significa que nossa educação será acrescida de R$ 50,4 bilhões e a condição salarial que nós nos encontramos é uma perda significativa, acumulada durante 10 anos. Nós queremos que o prefeito seja sensível e ofereça para nós a sua proposta enquanto gestor público”, destacou Jacinto Júnior.

Os professores pretendem manter linha dura contra o governo municipal, caso este não se manifeste em pouco tempo. Existe a possibilidade de greve. “A partir de agora nós iremos estudar a situação que foi abordada e, dependendo da atitude do Executivo, iremos fazer greve”, afirmou o professor Antônio Celso Moreira. Até o momento, ninguém do governo se manifestou sobre o assunto, nem marcou reunião com os professores que continuam revoltados.

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