SÃO LUÍS - Um grupo de alunos do Centro de Ensino Médio Dr. João Leitão, do município de Alcântara, esteve ontem no Palácio Henrique de La Rocque, no Calhau, para protestar pela falta de transporte escolar na zona rural.
Alguns deles chegam a caminhar mais de 22 km para assistir aulas.
O problema teve início em abril, quando venceu o contrato da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com a empresa que fazia o serviço. Representantes estudantis denunciam que chegaram a alertar a Seduc em março, mas não foram ouvidos.
Os estudantes informaram que não pretendiam fazer nenhuma manifestação mais radical. “Nós queremos apenas que, dessa vez, o governo se comprometa conosco”, disse o estudante Domingos Costa. Mas no começo da tarde a espera foi frustrada pelo anúncio de que não seriam recebidos pelo secretário de Educação, Lourenço Vieira da Silva, mas por um assessor da secretaria.
Em outras quatro oportunidades, o grupo procurou o Governo do Estado para contratar uma nova empresa, a fim de restabelecer o transporte dos estudantes, mas também não obteve êxito.
Os estudantes relataram que saem de casa às 10h da manhã para chegar à escola de tarde. Por causa da caminhada de volta, o horário de saída da escola é antecipado.
“Quem mora longe tem que perder a última aula, mas nós só chegamos em casa depois das 9h da noite”, reclamou o estudante Sebastião Ramos, aluno do 3º ano. Ele mora no povoado Peru, distante 22 km da sede de Alcântara, onde fica a escola “Tudo o que a gente aprende esquece com a caminhada. Não tem aproveitamento nenhum”, denunciou Ramos.
Darcenilde Soares, aluna do 2º ano, reclama também dos riscos oferecidos pela peregrinação diária de 14 km para a escola. “Eu tenho medo pela nossa segurança, mas parece que o governo não demonstra o menor interesse em solucionar o problema”, desabafou”.
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