SÃO LUÍS - O Maranhão, em função de sua tradição no processo de extração beneficiamento e comercialização de produtos de cerâmica vermelha, foi selecionado para receber o curso “Bases para o Aprimoramento Competitivo de Pequenos Empreendimentos Oleiro-Cerâmicos”, promovido pelo Ministério de Minas e Energia, por meio da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, e pelo Sebrae.
O curso, que acontecerá na cidade de Itapecuru no período de 13 a 15 desse mês, tem por finalidade fornecer informações básicas e instruções sobre planejamento, operação e gestão de empreendimentos mínero-cerâmicos para empreendedores e trabalhadores de empresas do setor produtivo de cerâmica vermelha. As inscrições são gratuitas e as aulas serão ministradas no auditório do Hotel Brasil.
O conteúdo abrange todo o ciclo produtivo perpassando aspectos técnicos, econômicos, legais e ambienteis, saúde e segurança do trabalho, correlacionados aos fundamentos sobre pesquisa, extração, caracterização e estocagem da matéria-prima, processos de preparação de massas, de conformação, secagem e queima de peças, normalização e qualidade, bem como a comercialização dos produtos (tijolos, telhas, lajes, etc.).
Além do Maranhão, os outros estados a receberem o curso são: Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Ceará, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná e São Paulo (Vale do Paraíba). Todos têm trabalhos desenvolvidos junto a APL’s (Arranjos Produtivos Locais) cerâmicos e tem forte tradição na produção da cerâmica vermelha.
Segundo Danilo Lisboa Borges, gestor do projeto “Cadeia Produtiva da Construção Civil em São Luís e Entorno”, do Sebrae, há algum tempo o Senai e o Sebrae trabalham com o público ceramista no Estado que tem, atualmente, cinco pólos de cerâmicas, sendo que o de maior destaque é o de Itapecuru, que também abrange o Município de São Luís.
“A atividade cerâmica é uma vocação nessa região por conta da qualidade e abundância da matéria-prima. Para se ter uma idéia, no sul e sudeste do país, os ceramistas chegam a misturar mais de dois tipo de argila para conseguirem um material bom para trabalhar, enquanto que aqui não se tem essa preocupação. O mercado consumidor também é bom, já que 80% do que é produzido é vendido em São Luís, que ainda compra telhas e tijolos feitas em Teresina”, informa Danilo. O gestor também diz que a demanda é maior que a oferta e as empresas quase não têm estoques.
No último dia do Seminário em Itapecuru, acontece um workshop organizado pelo Sebrae. Na programação estão previstas três palestras: uma sobre APL’s Cerâmicos, a experiência do APL de Campos de Goytacazes no RJ, outra sobre competitividade, produtividade e qualidade de processos produtivos, e uma sobre laboratório cerâmico do SENAI/MA. Também estão agendadas duas visitas técnicas a empreendimentos locais para que os participantes observem in loco cada etapa da produção da cerâmica de blocos e telhas.
As inscrições para o curso “Bases para o Aprimoramento Competitivo de Pequenos Empreendimentos Oleiro-Cerâmicos” podem ser feitas no Sebrae, Núcleo Estadual do Departamento de Produção Mineral (DNPM) e Sindicato de Cerâmica Vermelha do Maranhão (SINDICERMA). Maiores informações pelos telefones: DNPM - 3232-5865 e 3222-6055, ou no SEBRAE pelo número: 3216 6149.
Com informações do SEBRAE-MA.
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