Edison Lobão condena manobra contra ações da Fundação José Sarney

Senador afirma que articulação liderada por José Reinaldo beira o ridículo.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h33

SÃO LUÍS - O senador Edison Lobão (PFL) disse que a ação patrocinada pelo governador José Reinaldo Tavares contra as obras da Fundação José Sarney “beira o ridículo e aparenta mesquinharia”.

Em discurso no Senado, Lobão avaliou o gesto reinaldista – que, quinta-feira passada, obrigou os deputados da sua base a aprovar na Assembléia Legislativa a devolução do controle do Convento das Mercês ao governo – como apenas “uma tentativa de empalidecer a figura do ex-presidente José Sarney”.

“Mas esta história, para os pósteros, irá se engrandecer cada vez mais, tal a importância desse maranhense no difícil período em que teve, sob seu comando, a direção do país”, ressaltou o senador do PFL.

Para Lobão, “os memoriais, monumentos, fundações, livrarias e bibliotecas com nomes de políticos são a maneira que o povo tem para homenagear aqueles que devotaram suas vidas em benefício do interesse público”.

Ressaltando a importância arquitetônica e histórica do Convento das Mercês, Lobão o classificou como “ponto de referência para a cultura brasileira do Norte do país”. E lembrou que, no Convento das Mercês – que sobrevive com recursos particulares –, não existem apenas o museu, os documentos e obras artísticas anualmente pesquisados e visitados por dezenas de milhares de brasileiros.

“A Fundação José Sarney garante as atividades de um Centro Modelar de Pesquisa da História Republicana, de um Instituto da Amizade Latino-Americana, um segundo Instituto da Amizade dos Povos de Língua Portuguesa e, inclusive, um centro de assistência médica para a população carente daquela área”, informou o senador.

Ele ainda acrescentou que está em pleno funcionamento a Banda de Música do Convento das Mercês, pela qual já passaram mais de 10 mil jovens, criando bandas muito populares em São Luís.

Inconformados

Edison Lobão reconheceu que as obras de Sarney não encantam a todos.

“É verdade que poucos dos meus conterrâneos, aqueles que não cederam à simpatia pessoal e ao sucesso político do senador José Sarney, ainda se mostram inconformados, por não terem seguido os mesmos passos”.

Mas lembrou Joaquim Nabuco para alertar a estes: “Se dos moderados não se pode esperar decisões supremas, dos exaltados não se pode esperar decisões sensatas”.

E alertou: “O Maranhão não pode exportar comportamentos de selvageria política, mesmo numa hora em que as paixões alcançam o paroxismo”.

Lobão concluiu revelando sua esperança de que tanto a Assembléia quanto o governo do Maranhão meditem sobre a injustiça e encontrem solução para a preservação e até o aprimoramento do precioso acervo hoje mantido no Convento das Mer-cês.

“Assim não agindo, vão levar à opinião pública brasileira um juízo que em nada contribuirá para as tradições de cultura e civilidade do povo maranhense”, finalizou o senador.

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