SÃO LUÍS - A Sociedade dos Conterrâneos e Amigos de Cajapió (SCAC) denunciou, ontem, o assassinato do lavrador Eustáquio Carvalho, 55 anos, cujo corpo foi encontrado boiando em um poço, na localidade de Itapunhenga, naquele município. O fato ocorreu no dia 2 deste mês. O lavrador foi vítima de pauladas e teve ainda uma corda amarrada ao pescoço, presa a uma pedra.
Segundo a tesoureira da associação e irmã da vítima, Augusta Teixeira, a atual situação fundiária e ambiental maranhense tem gerado insatisfação na população. Ela explicou que Eustáquio foi alvo de uma emboscada.
Desde 1998, segundo ela, a sua família move uma ação (queixa-crime) contra o sr. Valmir Pinheiro, que, após a compra de uma propriedade próxima às terras do lavrador, teria tentado ocupar indevidamente a área, com a expansão de cercas.
Augusta Teixeira disse que a criação de búfalos sem a realização de fiscalização de nenhum órgão competente é outro ponto que vem preocupando a população do local. “Meu irmão procurava proteger a casa dos meus pais contra a invasão dos búfalos, enxotando-os para que não invadissem nossa propriedade e destruíssem a plantação”, denunciou Augusta.
Diante da morosidade da Justiça em esclarecer o caso, o procurador jurídico da SCAC, advogado Josemar Pinheiro, informou que “a população não tem tido a atenção necessária das autoridades, do Executivo e do Judiciário. Por isso, resolvemos enviar a denúncia à Organização da Nações Unidas, setor de Proteção do Meio Ambiente, para que esse órgão tome conhecimento do que vem ocorrendo, por meio do representante da ONU no Brasil, tendo em vista as reiteradas práticas de violência, com relação à violação dos direitos ambientais e humanos que estão ocorrendo na baixada maranhense, sem que as autoridades, em todas as esferas de Poder, tenham, até a presente data, tomado a posição adequada”.
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