Empresários dão ultimato ao DNIT

Classe foi ontem ao estreito dos mosquitos para verificar o estágio das obras na ponte marcelino machado

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h40

SÃO LUÍS - A classe empresarial do Maranhão deu, ontem, um ultimato ao Ministério dos Transportes. Se em 20 dias não forem tomadas providências concretas no sentido de se retomar as obras de recuperação da ponte Marcelino Machado, sobre o Estreito dos Mosquitos, a BR-135 será interditada por caminhões e máquinas.

“Estamos dando um prazo de 20 dias para que as autoridades ligadas ao setor de transportes resolvam esse impasse na conclusão da ponte. Caso contrário, vamos interditar a BR. Isso é irreversível”, garantiu o presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM), José de Ribamar Belo.

O presidente da ACM comandou um comitiva de empresários que esteve na manhã de ontem na ponte Marcelino Machado, interditada desde 21 de agosto do ano passado para veículos com peso acima de 24 toneladas, por causa de uma ruptura em sua estrutura.

Os líderes empresariais, que estavam acompanhados de um grupo de deputados estaduais, foram recebidos pelo coordenador regional do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT), Leônidas Caldas.

paralisação

O coordenador do DNIT foi questionado sobre o porquê das obras de reparo da ponte estarem paradas desde março e também porque não aconteceu a licitação para a conclusão dos trabalhos.

Leônidas Caldas informou aos empresários que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, acenou com a possibilidade de pedir dispensa de licitação para a retomada imediata das obras da ponte.

Mas, para isso, necessita de documentação que mostre os prejuízos que a interdição da ponte está causando à economia do estado, o qual subsidiará o pedido do Ministério dos Transportes ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Ontem mesmo, uma comissão de empresários, deputados estaduais, e representantes do Crea e da Caema reuniram-se na Fiema para elaborar o documento, que terá como base o manifesto público da classe empresarial e relatórios sobre o risco do rompimento da adutora do Italuís.

“Pretendemos mostrar ao ministro o descaso do Governo Federal para com o Maranhão”, desabafou o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), José Arteiro da Silva.

Vão aproveitar também para reafirmar os prejuízos que o problema está ocasioanando à economia do estado. Segundo o presidente da Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem), Cláudio Azevedo, a interdição da ponte resultou em aumento do preço do frete. “Os criadores pagavam R$ 400 de frete. Com esse problema, o preço passou para R$ 700”, reclamou, já preocupado com o transporte de animais para a Expoema.

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