CODÓ - Cresce o número de novos casos de Aids em Codó. O Centro de Testagem Anônima (CTA) do município foi inaugurado dia 16 de outubro de 2001.
Naquele ano, existiam apenas 23 casos de soropositivos no município. Três anos e sete meses depois, são 55 casos de Aids, ou seja, 32 novos casos notificados em menos de quatro anos.
No que já foi chamado de grupo de risco, hoje categoria de exposição, são os bissexuais que lideram o ranking codoense dos infectados pelo vírus HIV.
Segundo dados do Centro de Testagem Anônima, levantados por meio das entrevistas realizadas durante a emissão do resultado dos exames, que é entregue pessoalmente a todos os que realizam o teste, existem 11 pessoas que se declararam bissexuais, infectados pelo HIV, em Codó.
Esta categoria de contaminação é seguida pela dos homossexuais, com 10 casos, nove de heterossexuais e um caso adquirido por meio do uso de drogas injetáveis e o restante não soube revelar como foi infectado.
Existem crianças soropositivos, mas a maioria dos casos registrados é de adultos que tem entre 20 e 39 anos. Os homens lideram o número de casos que fazem de Codó a 6ª cidade no ranking estadual.
Incidência
A média anual de aparecimento de novos infectados nos últimos três anos tem sido de 8,64 casos. O coordenador municipal do Programa DST/Aids de Codó, enfermeiro Carlos Alberto Medeiros Júnior, entende que a incidência da doença tem crescido, mas atribui este crescimento também ao aumento do interesse da população por procurar fazer o teste de Elisa, como é chamado o teste que detecta o vírus HIV.
Em 2003, por exemplo, 1.582 pessoas passaram pelo CTA para fazer o exame. Ano passado, este número cresceu para 1.704. Agora em 2005, já são 554 exames, cuja amostra de sangue também é usada para detectar a presença de outra doença sexualmente transmissível, a sífilis.
“Se você for relacionar com outros números do Ministério da Saúde, perceberá que o número preocupa, mas ainda estamos dentro do que preconiza o Ministério da Saúde. Não há motivos para alardes. O que a população deve é continuar se prevenindo e o único meio para se evitar a Aids ainda é uso do preservativo”, ressaltou o coordenador do CTA.
Preservação
Carlos Alberto Medeiros reforçou ainda a importância da população em manter essa procura pelo exame, para que os casos soropositivos comecem a ser tratados mais cedo e que as pessoas contaminadas possam se prevenir ao manter contato que possa gerar a contaminação de outras pessoas.
“Sabendo que é portador do vírus, a pessoa inicia o tratamento, recebe medicamentos aqui mesmo e de forma gratuita. Só viaja em casos extremos que exigem tratamento e exames mais especializados. E, com essa descoberta, o paciente passa a ter uma sobrevida de 10, 20 ou até mais anos como se tem casos observados”, lembra o coordenador.
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