SÃO LUÍS - A deputada Helena Heluy defendeu ontem, na Assembléia Legislativa, que o seu partido, o PT, cubra apuração rigorosa do caso das estradas fantasmas ao invés de estar brigando para participar do governo José Reinaldo Tavares.
Ela também defendeu uma “investigação profunda” sobre a denúncia de que o ex-prefeito de Imperatriz, o petista Jomar Fernandes, pagou mais de R$ 500 mil em rescisões de contratos de ex-secretários. Uma das pessoas beneficiadas foi a mulher do ex-prefeito, a deputada federal Terezinha Fernandes. O curioso é que ela havia renunciado ao salário de secretária.
“O PT deve cobrar apuração ampla do caso das estradas fantasmas, desse e de outros governos. Esse caso ultrapassou os limites, porque nas denúncias anteriores somente as estradas eram fantasmas. Agora, até o local é fantasma. Não sou contra José, Pedro e João, mas a esquemas e estruturas de poder”, disse a petista.
Em companhia do presidente da Fetaema, Domingos Paz, e de um grupo de trabalhadores rurais, a deputada esteve anteontem cobrando do procurador-geral de Justiça a investigação do caso e a denúncia dos responsáveis à Justiça.
Helena Heluy reafirmou que é contra a ida do PT para o governo, apesar do seu ex-assessor Sálvio Dino Júnior ter assumido a Secretaria de Justiça e Cidadania. Quando ainda trabalhava para a deputada, o advogado moveu várias ações contra o governo e o governador José Reinaldo.
Sálvio Dino Júnior conseguiu, na justiça, anular a aposentadoria que José Reinaldo recebia junto com o salário de governador. Ele também defendeu o Sindicato dos Professores durante a greve da categoria, ano passado.
“Não tenho nada a ver com a ida do Sálvio Dino para o governo. Ele foi escolhido por sua competência e pelo trabalho que desenvolve. Agora, a vaga dele na minha assessoria estará sempre aberta”, explicou ela.
Sobre a questão de Imperatriz, a deputada declarou esperar que o prefeito Jomar Fernandes explique publicamente as denúncias de que pagou recisões de contratos a vários membros do primeiro escalão do governo, inclusive à sua mulher, a deputada Terezinha Fernandes.
“Até agora, ele (Jomar) não veio a público dizer se é verdade ou mentira o que a imprensa está dizendo. Defendo e exijo uma explicação, até no partido, dessa questão de Imperatriz”, declarou.
Em relação aos cheques sem fundos que o partido emitiu durante a última eleição, alcançando quase R$ 1 milhão, a parlamentar explicou que o caso não envolve sua campanha. “Tudo o que nós contratamos foi pago e as contas entregues ao TRE”, concluiu.
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