Assentados de nove áreas de Codó estão sem água há cinco meses

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h54

CODÓ - Solo arenoso, folhagem seca, reservatórios de água vazios. Essa é a situação dos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) situados em nove povoados do município de Codó. Os assentados fazem até duas viagens por dia até a sede do município em busca de água para manter a família.

Há cerca de cinco meses que as famílias estão com problemas. Na esperança de que o milagre venha do céu, as famílias colocaram tonéis na porta de suas casas, em baixo das biqueiras a espera de chuva na região. Em Novo Horizonte, os moradores cavaram buracos pelo povoado em busca de água.

O açude que mantinha os moradores e os animais está completamente seco. O morador José Wilson de Almeida diz que aguarda a chegada da chuva para solucionar o problema. “Nossa única esperança é de que chova logo. Não temos onde ir buscar a água, já cavamos diversos poços, mas não conseguimos encontrar nada. Já estamos nesse sofrimento há vários meses”, conta o lavrador.

A moradora Iracema Gomes relata que o marido dela chega a fazer até duas viagens por dia ao município de Codó, distante cerca de 28 km, em busca de água. “A gente mora aqui há cinco anos e dessa vez o problema é mais grave. Ele viaja duas vezes para trazer um garrafão pequeno de água e vai a pé’, explica a lavradora.

Corujão

No povoado Corujão, a situação é ainda mais grave. Das 66 famílias assentadas pelo Incra, 20 já saíram da área por causa da falta de água. No local nada foi plantado ou colhido por causa da falta de água. As famílias produzem apenas para sobreviver.

Vários grupos já foram à Superintendência do Incra em São Luís, em busca de uma solução para o problema, mas até o momento não receberam nenhuma resposta para as suas reivindicações.

“Quando nós fomos lá, eles disseram que viriam fazer uma vistoria em outubro e até hoje eles nunca apareceram. A gente espera que alguém venha nos ajudar a solucionar o problema”, destaca o presidente da Associação de Moradores de Corujão, José Pinheiro. De acordo com os técnicos do Incra, uma equipe já está sendo enviada para o município de Codó e deve chegar esta semana na área.

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