Brasília - O Brasil e a Ucrânia adotarão ainda este ano uma série de medidas visando acelerar os procedimentos que permitam preparar o Centro de Lançamento de Alcântara (Cla), no Maranhão, para as operações com o foguete ucraniano Ciclone-4, em 2007. Esse foi um dos principais temas do encontro do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi, com o embaixador da Ucrânia, Yuri Bogaievsky, e com o diretor para Assuntos Internacionais da Agência Espacial Nacional da Ucrânia (Nsau), Olexandr Serdyuk, ocorrido hoje.
A ampliação do estudo das ações a serem implementadas pelos dois países aguardava a aprovação pelo Senado Federal do tratado que cria a empresa binacional (joint venture) encarregada de administrar as operações de lançamento, o que ocorreu ontem (16).
O lançamento do primeiro foguete Ciclone-4 em 2007 será considerado um teste para homologação da base. Esse procedimento faz parte das exigências internacionais para que Alcântara possa ser utilizada para operações comerciais, ou seja, o Brasil poderá alugar a base para que outros países lancem seus foguetes.
O Brasil já dispõe de R$ 15 milhões, aprovados pelo Congresso em junho, para iniciar os investimentos de infra-estrutura necessária na área de lançamento específica para o Ciclone-4. Essa parte da base abrigará, por exemplo, instalações para montagem e transporte do lançador, depósito de combustível e montagem e integração de satélites.
O Ciclone-4 será uma versão aprimorada da série Ciclone, que já teve mais de 200 lançamentos bem-sucedidos. O foguete transportará cargas de até 4.500 kg a órbitas baixas e cargas de até 1.800 kg à órbita geoestacionária (a cerca de 36 mil quilômetros), onde se localizam grande parte dos satélites de telecomunicações e de meteorologia.
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