SÃO LUÍS - Cerca de 90 produtores rurais de São Luís Gonzaga, Vitorino Freire e Lago do Junco participaram da 1a Feira Regional de Produtos da Mandioca, realizada neste último final de semana, em Bacabal.
O evento marcou o encerramento, em 2003, de uma ação desenvolvida pela Agência Regional de Bacabal que, desde o início do ano, vem beneficiando cerca de 400 produtores rurais nos quatro municípios, promovendo melhorias nas casas de farinha da região, incorporando tecnologia, higiene e boas práticas ao processo de produção da farinha e derivados de mandioca.
Participaram da feira as comunidades de Luziana, Bela Vista, Vale do Mearim e Sincorá (de Bacabal); Santa Zita, São Manoel e São José da Conquista (de Lago do Junco); Farusa, Juçaral dos Saraivas, Centro dos Rodrigues, Ariranal, Serra Bonita e Lagoinha (de Vitorino Freire) e São Luís do Vale, Altos do Salú, São Domingos e Monte Cristo (São Luís Gonzaga).
Para o evento, foram levados mais de 200 quilos de farinha (branca, mista, quebradinha, fina, farinha de puba e fécula), vendida ao preço médio de R$ 1,25 o quilo. A comunidade de Vale do Mearim, por exemplo, levou 800 kg de farinha, que foi toda vendida. Com a feira, foram apurados cerca de R$ 2.500,00. “A nova embalagem, em sacos plásticos de 1kg, facilita a comercialização, pois o cliente pode ver a qualidade do produto. Antes das melhorias, essa venda chegaria no máximo a R$ 0,50”, explica Nelson de Alencar, consultor do Sebrae.
Para a feira também foram levadas novidades como doces, bolos, sequilhos, corante, molho de pimenta e sucos, fabricados a partir da mandioca. Maria do Amparo Bringel e mais seis colegas, de Juçaral dos Saraivas, comemoraram as vendas. “Dá trabalho, mas o resultado compensa. Nós ajudamos nossos maridos desde a roça. Agora, nos orgulhamos de ter um produto melhor e do dinheirinho extra que ganhamos com os doces”, explica.
Também estavam expostos subprodutos da mandioca, como a casca, usada como ração animal. A comunidade de Vale do Mearim levou 180 quilos, que foram vendidos para pecuaristas locais ao preço de R$ 0,15 o quilo. “Trata-se de uma renda a mais, pois a casca era descartada. Nós treinamos, ensinamos a secagem correta, para que também esse produto seja comercializado”, comenta Nelson.
Para John Jacinto, gerente da regional de Bacabal, a avaliação do trabalho é positiva. “Quando iniciamos, eles trabalhavam em condições inadequadas, o produto era feito sem higiene, em condições que comprometiam a qualidade; hoje, eles sabem a importância da higiene, da embalagem; investiram na embalagem e o resultado é uma aceitação surpreendente do mercado”. Existem comunidades, disse John Jacinto, que já estão com a produção negociada em São Luís, onde se alcança melhor preço e o mercado é melhor. “O mercado é crescente, desde que mantenham a qualidade”, explicou.
O gerente regional do Médio Mearim, Francisco Leda, destacou a importância dos resultados obtidos a partir dessa parceria. “A feira mostrou que quando se trabalha em conjunto, os resultados aparecem. Essa parceria do Sebrae com a gerência, bancos e prefeituras nos mostra que o trabalhador se tiver apoio, pode produzir para o seu próprio sustento e de sua família”.
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