Alerta: Dois casos suspeitos de hantavírus em Santa Rita

Técnicos de Belém e São Luís vão ao município na próxima semana.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h20

SÃO LUÍS - O município de Santa Rita, a 130 quilômetros de São Luís, está com dois casos suspeitos de hantavírus.

Técnicos do Instituto Evandro Chagas, de Belém do Pará, e da Fundação Oswaldo Cruz de São Luís, devem ir ao município na próxima semana.

Hoje à tarde, vai ser realizada em Anajatuba uma reunião entre as equipes da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto Evandro Chagas. Nesta reunião vai ser definida a ida dos técnicos ao município de Santa Rita.

Saiba mais sobre a doença

* O que é?

Doença infecciosa grave causada por vários tipos de vírus, existindo mais de vinte tipos pelo mundo. Nas Américas, até o momento só foi diagnosticada a SPH.

* Como se adquire?

Através de água e comida contaminada, por via respiratória, através do pó das fezes, urina e saliva dos roedores, principalmente ratos, lesões de pele, por mordidas de ratos e acidentalmente pela manipulação de animais em laboratório. Existe uma pequena possibilidade de contágio entre pessoas.

O período que leva para desenvolver a doença é de cinco a 42 dias. Nos roedores a infecção não leva à morte, o que pode mantê-lo como reservatório durante toda a vida.

* Quais os sintomas?

Na Síndrome Pulmonar pode haver febre, dor de barriga, dores pelo corpo, dor de cabeça e vômitos inicialmente. Segue-se tosse com catarro, falta de ar, pressão alta e edema pulmonar, levando a insuficiência respiratória aguda. O número de mortes é bem grande devido a gravidade dos órgãos atingidos.

* Como se faz o diagnóstico?

A suspeita de contato com urina e fezes de ratos e outros roedores, associada aos sintomas clínicos e local de trabalho do paciente indica a doença. O diagnóstico de certeza é feito por exames de sangue e em alguns casos com biópsia, isto é, retirada de pequenos pedaços de tecido humano do local afetado para exame de laboratório.

* Como se trata?

Não existe tratamento direto para eliminar o vírus, infelizmente. Tratamos somente os sintomas da doença conforme sua necessidade, fazendo-se a internação em unidade de terapia intensiva nos casos mais graves. Recomenda-se isolamento com avental, luvas e máscaras para os funcionários e outros contatos durante a internação hospitalar.

* Como se previne?

Como não existe tratamento direto contra esse vírus, a prevenção é fundamental nessa doença, através:

- Do controle de roedores: eliminar tudo que possa servir de ninhos ou tocas de ratos, evitar entulhos, armazenar produtos agrícolas longe das residências e em galpões elevados acima do solo, fazer coleta do lixo adequada;

- Da limpeza de ambientes contaminados: usar desinfetantes como hipoclorito de sódio; em ambientes fechados, fazer ventilação dos locais antes de entrar, usar proteção respiratória (máscara). A limpeza do piso e móveis deve ser feita com pano úmido para não levantar poeira. Alimentos devem ser enterrados em sacos plásticos molhados com detergentes.

- Só mexer em bichos mortos e alimentos com luvas de borracha.

- O treinamento dos trabalhadores é importante para evitar contato com o vírus.

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