A fuga de oito presos da delegacia de Presidente Dutra na madrugada desta quinta-feira deixou irritado o promotor de justiça da Comarca, Rui Antônio Vieira de Carvalho, que suspeita de ter havido negligência. Isto porque, entre os fugitivos está o detento Ornildo Guimarães Freitas, o Chenhenhem, um bandido de alta periculosidade.
Os presos serraram cinco grades da cela e uma do pátio, fugindo com facilidade da delegacia. Chenhenhem cumpria livramento condicional, que havia sido revogado. Ele deveria ter voltado para Pedrinhas no
dia da fuga.
Para pedir providência a fim de que os fugitivos sejam capturados, o promotor de justiça e o juiz João Francisco Gonçalves Rocha se reuniram na tarde de quinta-feira com o gerente de Segurança, Raimundo Cutrim. O gerente informou que tomará todas as providências para a captura dos presos.
O promotor de justiça informou que Ornildo Guimarães, o Chenhenhem, é acusado de ter assassinado em abril do ano passado o também detento Márcio Glayson Evangelista, conhecido por Adriano, que à época do crime cumpria regime semi-aberto. Depois do assassinato, Chenhenhem fugiu, sendo capturado há duas semanas.
O crime, na época, chocou a cidade de Presidente Dutra. Embora Chenhenhem tenha sido acusado, no decorrer do processo surgiram dúvidas sobre a autoria do homicídio.
O laudo cadavérico assinado pelos médicos Gabriel Américo de Oliveira e Honorato Holanda da Silva afirmou que "Adriano" tinha sido executado antes de receber dois tiros à queima roupa.
"Sobre esse caso específico existe um processo em andamento, já que surgiram dúvidas sobre a autoria do crime", reforçou o promotor.
Há suspeitas de que a fuga de Chenhenhem tenha relação com esse crime, já que com a dúvida sobre a autoria da morte do detento "Adriano", ele pode ser uma testemunha-chave do homicídio.
"Para o Ministério Público houve negligência e nós queremos que tudo seja devidamente esclarecido", afirmou o promotor de justiça.
Estão foragidos os seguintes presos: George Teixeira de Sousa, M.P.M., Francisco Júnior da C. Lima, Jefferson Lopes da Silva, Ornildo Guimarães Freitas, o Chenhenhem, Rivaldo da Conceição Santos, Arenir Lisboa de Aguiar e Francisco Rodrigues Gomes, o "Chico da Diomar", este já havia sido sentenciado e deveria cumprir pena no Complexo penitenciário de Pedrinhas, mas continuava na Delegacia de Presidente Dutra.
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