IMPERATRIZ – O céu fechado e baixa visibilidade são os reflexos de uma cortina de fumaça atinge Imperatriz há cerca quinze dias sem previsão para chegar ao fim.
A ocorrência, que causa problemas de saúde na população, especialmente idosos e crianças, já provocou cancelamento de voos em dois dias, um no início do mês e outro nesta quinta-feira (10) e atrasos em vários outros.
O geógrafo Luiz Carlos Araújo dos Santos, lotado no Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em Imperatriz, explica que o fumaceiro é resultado de uma combinação de fatores.
“A presença de fumaça em nossa cidade é decorrente da redução das chuvas e devido a presença do fenômeno El Nino. Podemos dizer que é um conjunto de informações que acaba culminando com essa ação”, destaca o geógrafo.
Luiz Carlos ressalta que em razão do El Nino houve uma redução de chuvas nos meses de outubro e novembro, situação que criou condições favoráveis para a continuidade das ocorrências de queimadas.
Como exemplo de queimadas, o pesquisador cita que áreas indígenas maranhenses foram atingidas por queimadas e, ainda, há registro de incêndios em áreas dos Estados do Pará e Tocantins.
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O pesquisador, que estuda sobre bacias hidrográficas e planejamento e pesquisa, chama a atenção para outro fator que vem contribuindo para a nuvem de fumaça: a baixa circulação do ar.
“Tem um outro elemento que em muitas das vezes as pessoas não ficam atentas para isso, que o fato de Imperatriz se encontrar numa área de depressão, o que chamamos de Depressão Ortogonal de Imperatriz. Isso faz com que diminua a circulação de ar mais próximo da troposfera e faz com que a fumaça tenha maior resistência na cidade”, exemplifica.
Previsão do fim da fumaça
O professor Luiz Carlos Araújo, lembra, no entanto que as previsões meteorológicas são de chuvas na cidade a partir desta sexta-feira, mas, ainda, em baixa quantidade, que não resolve o problema. Outro fator que pode contribuir para dedução dos incêndios no período, embora de forma quase imperceptível, é o aumento da umidade do ar com o surgimento de orvalho noturno e neblina.
O geógrafo prevê que somente com o inicio do período das chuvas é que as queimadas vão desaparecer e com elas a fumaça. Ele não soube precisar, com dados, quando vai começar o período de chuvas, mas acredita que isso ocorra a partir de janeiro de 2016.
Ouça, abaixo, entrevista do geógrafo Luiz Carlos Araújo:
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