IMPERATRIZ – A Audiência Pública que debateu as mudanças no trânsito de Imperatriz, na manhã desta quinta-feira (21), foi palco de diversas polêmicas, principalmente, quanto à reforma e à nova sinalização da Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, principal via de acesso ao centro comercial da cidade.
Na galeria estiveram presentes representantes da Polícia Militar, da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), de taxistas e moto taxistas e de diversos segmentos comerciais que ficam às margens da avenida.
De acordo com os empresários que fizeram uso da tribuna e do microfone durante a sessão, a sinalização da avenida não favoreceu o comércio, dificultando o acesso dos consumidores às lojas ao longo da faixa que proíbe o estacionamento.
A representante do segmento de óticas Rejane Sousa, afirma que a mudança era necessária, pois como estava antes era errado, mas que as medidas tomadas pela Setran não foram as mais viáveis. Segundo a empresária, depois da proibição do estacionamento o faturamento caiu em 50%.
“O problema é que a Dorgival é a única meio de entrada no Centro da cidade e atende pessoas que vem do Maranhã, Pará, Tocantins. Muitos clientes vêm de fora da cidade e não encontram lugar para estacionar. Acho que tem que ter mudança, sim, mas isso que foi feito não é organização, muito pelo contrário”, afirma.
Já o secretário de trânsito, Cabo J. Ribamar, é firme em dizer que não vão fazer retroceder nas mudanças realizadas. Segundo ele, a circulação melhorou em 99% desde que houve a reforma, e que a maioria das reclamações partem de interesses particulares.
“Nós fizemos mudanças fundamentais no trânsito de Imperatriz, é claro que existe resistência, que têm pessoas que não têm interesse em ver as mudanças. Mas nós estamos firmes, fizemos estudos e levantamentos, para que a gente pudesse chegar à segurança de que a mudança que nós implementamos, em detrimento das demais, são importantes para a coletividade. A Dorgival não é uma avenida de interesse de um ou outro comerciante, ela é um patrimônio de Imperatriz e da grande região”, afirma.
Mesmo com empresários reclamando de falta de consulta, o secretário diz que a reforma da via foi baseada em estudos e levantamentos e que beneficia a maior parte da população.
“Nós procuramos levantar a quantidade de veículos que estacionam, que seriam beneficiados, e, inclusive, chegamos à conclusão que, em média, estacionam 300 veículos, que mais de 95% são de vendedores e comerciantes. Com a criação da nova faixa, nós possibilitamos a criação de mais de 30 mil veículos possam circular livremente pela avenida. E o que é 300 em detrimento de 30 mil beneficiados?”, argumenta.
Durante a audiência, todos os lados foram ouvidos, e foram dadas sugestões, como criação de estacionamento rotativo, que devem ser analisadas pela Setran.
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