Saúde da Mulher

Infecção vaginal pode causar sérios prejuízos à saúde

Uma infecção pode afetar o útero e trompas.

Imirante Imperatriz, com informações da BBC

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
A vaginose bacteriana, é a infecção vaginal mais frequente em mulheres com idades entre 15 e 44 anos. (Foto: Reprodução)

MUNDO - Amanda Butler, de 42 anos, teve uma gravidez normal até o rompimento da bolsa na 25ª semana. Pouco depois do incidente, Amanda descobriu que o parto prematuro foi provocado por uma infecção comum que muitas vezes nem é percebida pela mulher.

A vaginose bacteriana, é a infecção vaginal mais frequente em mulheres com idades entre 15 e 44 anos e, é causada quando há uma quantidade excessiva de microorganismos que provocam o desequilíbrio bacteriano na vagina.

Se não for tratada, a infecção pode causar partos prematuros, problemas de fertilidade e um risco maior de contrair outras doenças sexualmente transmissíveis. Um dos problemas da vaginose bacteriana é que, a ausência de sintomas dificulta o diagnóstico.

Os sintomas, quando presentes, são secreção vaginal branca ou acinzentada e pouco espessa, cheiro, dor, coceira ou dor na vagina. Algumas mulheres também apresentam um forte cheiro de peixe, especialmente depois de manter relações sexuais.

A vaginose bacteriana pode provocar problemas durante a gravidez, disse Eduardo Cortés, especialista em ginecologia e obstetrícia do Kingston Hospital, da Grã-Bretanha. Segundo ele, as complicações na gravidez relacionadas à doença vão desde parto prematuro, até o desenvolvimento de infecção e, inflamação do revestimento do útero depois do parto.

"Durante a gravidez é normal que ocorra mais secreção vaginal, mas no momento em que a grávida notar algo diferente, deveria ir ao médico", afirmou o especialista. Que completa dizendo, que ao ser dia diagnosticada, a vaginose bacteriana é muito fácil de tratar com antibióticos.

Também há provas de que a vaginose bacteriana aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis. "Isto acontece provavelmente devido a uma mudança no equilíbrio bacteriano dentro da vagina, que reduz a proteção contra estas doenças", disse Cortés.

E, apesar de a ligação entre os dois problemas não estar clara, algumas evidências sugerem que o problema também pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença inflamatória pélvica, um problema que pode afetar o útero, trompas e outras partes do aparelho reprodutor feminino.

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