IMPERATRIZ - Promover a inclusão social de crianças e jovens com deficiência auditiva. Esse foi o objetivo de uma ação realizada em Imperatriz, no Dia Nacional do Surdo que é comemorado nesta sexta-feira (26).
Cerca de 20 estudantes da Centro de Ensino Governador Acher, da Escola Bilíngue de Imperatriz e Associação dos Surdos de Imperatriz (Assim) participaram de uma manhã de diversão no cinema e no Play Park, num shopping da cidade.
De acordo com a intérprete de Libras Lisandra Leão, a atividade faz parte de uma programação em homenagem ao Dia do Surdo. “Nós decidimos proporcionar uma semana de diversão com brincadeiras e lazer. Isso porque muitos dos nossos alunos fazem parte de famílias menos favorecidas. Além disso, essa atividade é importante porque a maioria das pessoas não conseguem se comunicar com eles”, explica.
Lisandra ressalta, ainda, que existe muito preconceito em relação ao surdo. “Muitas pessoas pensam que por eles serem surdos, eles também têm algum tipo de deficiência mental e são descriminados. Na verdade, muitos dos nossos alunos são muito talentosos. O que é diferente é somente o fato de utilizarem uma língua própria que é a Libras”, completa.
Histórico
A luta pela inclusão dos surdos e deficientes auditivos na sociedade é antiga. No Brasil, a primeira escola somente para alunos surdos foi fundada durante o Império de Dom Pedro II. Em 26 de setembro de 1857, o professor francês Hernest Huet fundou, com o apoio do imperador, o Imperial Instituto de Surdos Mudos. Huet era surdo e ajudou a desenvolver a Linguagem Brasileiras de Sinais (Libras).
Libras
A Libras é reconhecida como uma língua natural pela Lei Nº 10.436 de 24 de abril de 2002 e Decreto Nº 5.626/2005. Essa legislação respeita os valores da Linguística e Cultura dos Surdos, e define a língua de sinais como primeira língua para os surdos e a Língua Portuguesa como segunda.
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