IMPERATRIZ - A Prefeitura de Imperatriz intensificou as ações de prevenção e combate ao vetor da dengue: o mosquito Aedes aegypti. Com a temporada das chuvas, a dengue volta a ser uma ameaça à saúde pública. A dengue é uma doença febril, causada por vírus e transmitida ao homem pela picada da fêmea contaminada do mosquito. Existem dois tipos principais de dengue: a dengue clássica e a dengue hemorrágica.
A coordenadora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Wyderlannya de Aguiar Costa, informa que Imperatriz tem 138 agentes de saúde que trabalham no Programa de Combate à Dengue. Eles visitam as residências diariamente, levando informações e orientação de prevenção à doença, identificando os criadouros (caixas d’água , pneus velhos, garrafas e outros vasilhames, campos propícios para a proliferação do mosquito transmissor), e realizando tratamento dos focos.
A aplicação do inseticida está sendo feita em pontos estratégicos da cidade, principalmente nas áreas ribeirinhas, como Porto da Balsa e riachos Bacuri, Cacau e Capivara. “Mas a ação principal de combate à doença é o trabalho educativo e informativo realizado pelos nossos agentes de saúde nas residências. Por isso, solicitamos mais uma vez que sejam adotadas as medidas recomendadas, pois sem o apoio da população os objetivos não serão atingidos”, ressalta Wyderlannya Costa.
O mosquito
O Aedes aegypti se adaptou às áreas urbanas das cidades e vive preferencialmente dentro das casas ou perto delas, uma vez que nesses locais encontra melhores condições para sua reprodução: sangue humano e depósitos com água. Pode se proliferar em qualquer lugar que acumule água limpa.
A fêmea grávida é atraída por recipientes escuros ou sombreados, onde deposita seus ovos. Prefere água limpa, cristalina, sem cor e parada, ao invés de água suja ou poluída. Os ovos podem resistir até mais de um ano nas paredes secas dos recipientes, até que tenham contato com a água e se transformem em larvas e, posteriormente, em mosquitos. As altas temperaturas favorecem a reprodução mais rápida e, conseqüentemente, o aumento da quantidade de mosquitos.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, náuseas, vômitos, dor nos olhos, cansaço, falta de apetite, dores no corpo, principalmente nos músculos e nas articulações (ou juntas), e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas. Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
O período crítico da dengue ocorre, geralmente, após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre, embora continue a sensação de cansaço, fraqueza e mal-estar. Isso pode levar a uma falsa sensação de melhora, mas, em seguida, o paciente volta a piorar, apresentando algumas manchas vermelhas e coceira na pele (parecendo picadas de insetos).
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Tratamento
Não há tratamento específico para o paciente com a dengue clássica, devendo o médico tratar apenas os sintomas, como a febre, as dores de cabeça e no corpo, além da desidratação, ocasionada pela perda de líquidos do organismo devido à febre, diarréia ou vômito.
Para isso, são receitados medicamentos analgésicos e anti-térmicos (contra dor e febre) e recomendada a ingestão de líquidos em grande quantidade, repouso e alimentação rica em frutas e legumes.
Dentre os analgésicos e anti-térmicos, sempre são evitados aqueles cuja base é o ácido acetil-salicílico (AAS, Aspirina, Doril, Melhoral etc.) já que seu uso pode favorecer o aparecimento de hemorragias. É de grande importância que o paciente fique em repouso e tome bastante líquido.
Quanto aos pacientes com dengue hemorrágica ou Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), estes, sim, devem ser observados rigorosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como queda de pressão devido às perdas de sangue.
Como é praticamente impossível eliminar o mosquito da dengue, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes aegypti. Por exemplo, uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos no local.
“Ao apresentar os sintomas da doença, procure atendimento médico e entre em contato com o Programa de Controle da Dengue, para borrifação da residência e imediações”, explica a coordenadora de Saúde.
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