GRAJAÚ - O cacique da Reserva Indígena Cana Brava, Luciano Guajajara, foi solto nesta terça-feira (5), por meio de habeas corpus concedido pela Justiça, após ter sido preso pela Polícia Federal na segunda-feira (4), dentro da reserva que fica situada entre os municípios de Grajaú e Barra do Corda. Luciano é suspeito de incentivar atentados contra torres de transmissão e distribuição de energia elétrica.
De acordo com a decisão judicial, Luciano Guajajara terá de cumprir medidas cautelares, como ficar 150 metros distante das torres de transmissão e de outros equipamentos da Eletronorte.
As investigações da Polícia Federal apontam que Luciano Guajajara é suspeito de ser o principal responsável por incentivar os indígenas da Reserva Cana Brava a praticarem os atentados contra as torres de transmissão e distribuição de energia elétrica. Segundo a PF, o líder indígena seria o responsável por direcionar as ações do grupo. Além disso, Luciano é suspeito de ser o mandante do roubo de dois veículos de uma concessionária de serviço público dentro de uma aldeia indígena e já foi indiciado duas vezes pela prática desses crimes.
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Os advogados do líder indígena Luciano Guajajara, por sua vez, consideraram a prisão arbitrária. "O próprio MPF se manifestou contrário a prisão do cacique, eles não viram necessidade e pela verdadeira comoção social nas comunidades indígenas que o cacique Luciano bem representa", disse o advogado Daniel Cavalcante.
Luciano Guajajara e os indígenas alvos da operação estão sendo investigados por atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, roubo qualificado e associação criminosa. Eles estão proibidos de se aproximar a menos de 150 metros de torres, equipamentos, maquinários, veículos, funcionários, terceirizados e prestadores de serviços relacionados a concessionária de serviço público.
A Polícia Federal ressalta que as linhas de transmissão na Reserva Cana Brava são responsáveis pela distribuição de energia elétrica a uma parte significativa da Região Nordeste. Os ataques a essas torres e equipamentos poderiam abalar o Sistema de Transmissão Nacional e ocasionar o corte do fornecimento de energia elétrica a milhões de pessoas, além de prejuízo a serviços públicos essenciais.
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